Número de mortos na queda da ponte no Rio Tocantins sobe para 4


Treze pessoas continuam desaparecidas. A Agência Nacional de Águas e Saneamento informou que está monitorando o Rio Tocantins e até o momento não há indícios de contaminação. Segundo o Corpo de Bombeiros do Maranhão e de Tocantins, 13 pessoas continuam desaparecidas
Jornal Nacional
Equipes de resgate que trabalham no Rio Tocantins encontraram, nesta terça-feira (24), mais três corpos na região onde uma ponte desabou. Quatro mortes estão confirmadas; outras 13 pessoas continuam desaparecidas.
A jovem que aparece nas imagens acima, segundos antes da ponte Juscelino Kubitschek ceder, é Lorena Rodrigues Ribeiro. O corpo dela foi o primeiro a ser encontrado, ainda no domingo (22). Lorena tinha 25 anos e morava em Aguiarnópolis, no Tocantins.
Na manhã desta terça, as equipes de resgate localizaram o corpo de Lorrane Cidronio, de 11 anos. A menina estava com dois avós em um dos caminhões que caiu no Rio Tocantins – eles continuam desaparecidos.
O piauiense Kecio Francisco dos Santos Lopes, de 42 anos, era caminhoneiro experiente e é mais uma vítima dessa tragédia. Deixa esposa e uma filha.
O corpo de Andreia Maria de Sousa, de 45 anos, foi o último a ser encontrado nesta manhã. Ela era motorista de uma das carretas que transportava ácido sulfúrico.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Maranhão e de Tocantins, 13 pessoas continuam desaparecidas.
Nesta manhã, a marinha assumiu o trabalho de buscas. A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar as responsabilidades sobre a queda da ponte.
Kayk, que tomava banho no Rio Tocantins ao lado da cidade de Aguiarnópolis, viu de perto a hora que o vão central da ponte caiu.
“É muita tristeza. O nosso povo, da nossa região, dependia muito dessa ponte. Principalmente do lado de Aguiarnópolis, como de Estreito. Porque é uma ponte que ligava os dois estados. Gente que trabalha lá, gente que morava aqui e tinha parente lá. Estamos passando muito sufoco agora”, diz Kayk.
O Ibama informou que dois caminhões com substâncias tóxicas estavam entre os veículos que caíram no Rio Tocantins. Um deles carregava 76 toneladas de ácido sulfúrico. O outro transportava pesticidas.
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A Agência Nacional de Águas e Saneamento informou que está monitorando o Rio Tocantins e até o momento não há indícios de contaminação. A companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão retomou nesta tarde a captação e tratamento de água para a distribuição em Imperatriz.
Desde domingo, a cidade – a segunda maior do Maranhão – está com o serviço de captação, produção e tratamento suspenso. Algumas casas chegaram a ficar sem água.
“Graças a Deus o nosso vizinho tem um poço e a rua está se abastecendo. Desde quando caiu a ponte, a água foi suspensa e o sofrimento tá grande, carregando água. E sem contar que a água está mais cara”, afirmou a pedagoga Poliana Moraes.
Na cidade de Estreito, a véspera de Natal foi de homenagens às vítimas. Um grupo de fiéis acenderam velas e rezaram pelas famílias enlutadas.
Um grupo de fiéis acenderam velas e rezaram pelas famílias enlutadas.
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