Brasileira receberá Leão de Prata na Bienal de Dança de Veneza

VENEZA, 10 JAN (ANSA) – A autora e diretora brasileira Carolina Bianchi, que coloca a experiência radical do corpo no centro de suas obras, foi premiada nesta sexta-feira (10) com o Leão de Prata na Bienal de Dança de 2025.   

O prêmio, aprovado pelo Conselho de Administração da Bienal de Veneza, sob proposta do diretor artístico Wayne McGregor, será entregue durante o 19º Festival Internacional de Dança Contemporânea, que acontecerá na cidade italiana entre os dias 17 de julho e 2 de agosto.   

Considerada uma das principais expoentes da cena experimental sul-americana, Bianchi se estabeleceu em Amsterdã em 2020 e três anos depois se tornou destaque no Festival de Avignon com “A Noiva e o Boa Noite Cinderela”, primeiro capítulo da trilogia “Cadela Força”, que convoca em cena o testemunho de vítimas da violência sexual, como a performer italiana Pippa Bacca.   

O espetáculo foi apresentado nos principais festivais e palcos europeus, recebendo uma recepção calorosa do público e da crítica. Na Bienal de Dança de Veneza, a brasileira apresentará a estreia do segundo capítulo da trilogia “Cadela Força: A Irmandade”. Desta vez, a obra é focada na masculinidade e no olhar masculino.   

Já o Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra ficou com Twyla Tharp, a lendária coreógrafa norte-americana que em seus 60 anos de carreira atravessou épocas e estilos fazendo história.   

A artista criou sua própria companhia em 1965 e, desde então, com a sua dança, libertou corpos e mentes de convenções e estereótipos, movendo-se com audácia experimental por todos os gêneros – do sapateado ao jazz, do pós-moderno ao neoclássico – para se reiventar.   

“Twyla Tharp é nada menos que um fenômeno. As suas contribuições revolucionárias para a ecologia da dança mundial são incomparáveis, graças ao trabalho que combina rigor e jogo, disciplina clássica e técnica de balé com dança moderna e movimentos naturais, para coreografias radicalmente inovadoras destinadas tanto ao teatro como ao cinema”, escreveu McGregor, enfatizando que ela “é uma das coreógrafas vivas mais importantes”. (ANSA).   

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