Dólar cai 0,85% e encerra o dia a R$ 6,04 com expectativa do retorno de Trump à Casa Branca

O dólar à vista encerrou a terça-feira (14) com queda frente ao real, ampliando as perdas registradas na véspera, à medida que os mercados processavam os dados de inflação dos Estados Unidos e aguardavam o retorno de Donald Trump à Casa Branca. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor (PPI) para a demanda final aumentou 0,2% em dezembro, após um avanço de 0,4% em novembro, sem revisão. Com isso, o dólar à vista fechou em queda de 0,85%, cotado a 6,0466 reais, acumulando uma desvalorização de 2,14% em janeiro. O contrato futuro de dólar para fevereiro, o mais negociado na B3, recuou 0,88%, para 6,0655 reais, por volta das 17h03.

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Em relação à política monetária, o Banco Central anunciou um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento previsto para 3 de fevereiro de 2025. Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA também divulgou que, no acumulado de 12 meses até dezembro, o PPI avançou 3,3%, comparado a 3,0% em novembro, o que foi interpretado como uma aceleração da inflação. Esse aumento mais moderado nas pressões inflacionárias fez os rendimentos dos Treasuries caírem, gerando uma avaliação mais otimista sobre a inflação americana.

Além disso, investidores reagiram positivamente a uma reportagem da Bloomberg, que indicava que membros da equipe de Donald Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, estariam considerando uma implementação gradual das tarifas de importação. Esse movimento ajudou a amenizar o pessimismo em torno das políticas comerciais do futuro governo. Com esse cenário, o dólar perdeu força diante de várias moedas de países emergentes, incluindo o real. O dólar à vista atingiu a máxima de 6,0985 reais (+0,01%) logo após a abertura do mercado, mas logo passou a cair, chegando a 6,0425 reais (-0,91%) às 10h50, a mínima do dia.

Na reta final da sessão, por volta das 16h39, a moeda norte-americana tocou o piso de 6,0415 reais, com uma queda de 0,93%. Essa desvalorização do dólar também foi acompanhada pela queda nas taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), à medida que os investidores reagiam ao cenário interno mais ameno, aproveitando a oportunidade para ajustar suas posições e reduzir prêmios excessivos.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira

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