Como os nazistas colocaram em prática a ‘Solução Final’

O extermínio dos judeus da Europa pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial começou após a invasão da Polônia em 1939 e aumentou em escala com a criação dos campos de extermínio.

Os nazistas chamaram isso de “Solução Final para a Questão Judaica” e assassinaram seis milhões de judeus de toda a Europa – mais de um terço da população judaica mundial na época.

– Fome e esquadrões da morte –

Os primeiros massacres foram perpetrados por meio de fome e execuções em massa.

Na Polônia, judeus foram confinados em guetos entre 1939 e o final de 1941, onde muitos morreram de fome ou doenças.

O governo nazista também enviou esquadrões móveis da morte, conhecidos como ‘Einsatzgruppen’, que executaram cerca de um milhão de pessoas no que ficou conhecido como o “Holocausto por balas”.

As vítimas eram, principalmente, judeus e prisioneiros de guerra soviéticos em territórios poloneses, bálticos e soviéticos.

– Câmaras de gás –

O líder da SS, Heinrich Himmler, e seu vice, Reinhard Heydrich, implementaram o extermínio por câmaras de gás em 1941, uma técnica previamente testada na Alemanha em pessoas com deficiência.

No campo de Auschwitz-Birkenau, próximo a Cracóvia, no sul da Polônia, os nazistas já estavam experimentando o Zyklon B, um pesticida à base de cianeto. A substância foi usada para o assassinato em massa de 600 prisioneiros soviéticos e 250 poloneses em setembro de 1941.

A “Operação Reinhard” resultou na construção de três campos de extermínio com câmaras de gás na Polônia ocupada: Belzec, Sobibor e Treblinka.

Quando esses campos começaram a operar em 1942, os nazistas transferiram para lá os prisioneiros dos guetos. Cerca de dois milhões de judeus poloneses foram mortos como parte dessa operação.

– Intensificação da “Solução Final” –

A intensificação e a coordenação da “Solução Final” foram decididas em uma conferência histórica realizada em Wannsee, um subúrbio de Berlim, em 20 de janeiro de 1942.

Os 15 participantes da Conferência de Wannsee, convocada por Reinhard Heydrich, concordaram que 11 milhões de judeus deveriam ser enviados para campos de extermínio, em uma operação sob a autoridade exclusiva da SS.

A partir de meados de 1942, judeus de toda a Europa foram sistematicamente deportados para seis campos de extermínio: Auschwitz-Birkenau, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka.

Em Auschwitz – que se tornou o símbolo do Holocausto – mais de 1,1 milhão de pessoas foram assassinadas, principalmente judeus, mas também ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos e poloneses.

Além de ser um campo de extermínio, Auschwitz também funcionava como campo de trabalho forçado, onde a indústria alemã, notadamente a produtora de produtos químicos IG Farben, utilizava trabalhadores especialmente selecionados como escravos.

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