Itália contabilizou mais de mil casos de sarampo em 2024

ROMA, 16 JAN (ANSA) – A Itália registrou mais de mil casos de sarampo em 2024, sendo que 90% das notificações ocorreram entre os não vacinados, informou um boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (16).   

Segundo o relatório periódico editado pela Vigilância Epidemiológica Nacional do Sarampo e da Rubéola da Itália, 1.045 casos de sarampo foram contabilizados no país, sendo 90% entre pessoas que não foram imunizadas.   

Somente em novembro passado, foram 53 registros, o que corresponde a um aumento em relação ao mês anterior.   

Cerca de um terço dos casos (34,6%) relatou pelo menos uma complicação da infecção e em quase um em cada dois casos (49,5%) foi necessária hospitalização.   

“O aumento de casos em 2024 é significativo e reflete o registrado em toda a Europa e reportado várias vezes pelo Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) “, afirmou Anna Teresa Palamara, que dirige o departamento de Doenças Infecciosas do Instituto Superior de Saúde (ISS) da Itália.   

Segundo a profissional, “também para os adultos, a vacina, segura e eficaz, continua a ser a principal ferramenta disponível para combater esta doença”.   

Em 2024, 18 regiões notificaram casos, dos quais oito – Lombardia, Lazio, Emilia-Romagna, Sicília, Campânia, Toscana, Abruzzo e Ligúria – tiveram um total de 85,1% dos casos (889 de um total de 1.045).   

A maior incidência foi observada em Bolzano (67 casos por 1 milhão de habitantes), seguida pela Sicília (37,3), Abruzzo (37), Lazio (35), Emilia-Romagna (31,6) e Ligúria (29,2).   

Já a nível nacional, a incidência no período foi de 17,7 casos por milhão de habitantes. A idade média dos casos notificados é de 30 anos; mais da metade dos casos (51,7%) tem entre 15 e 39 anos e 23,7% têm mais de 40 anos. No entanto, a maior incidência foi observada na faixa etária de 0 a 4 anos (79 casos por 1 milhão).   

Ainda de acordo com os dados, 878 das pessoas com a doença (90,1%) não estavam vacinadas no momento da infecção, enquanto que 57 (5,8%) foram imunizadas com dose única e 33 (3,4%) com duas doses.   

Aproximadamente um terço dos casos relatou pelo menos uma complicação, como hepatite e pneumonia. Além disso, também houve um caso de encefalite em um adulto jovem não vacinado. (ANSA).   

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