Corte Constitucional autoriza plebiscito sobre cidadania

ROMA, 20 JAN (ANSA) – A Corte Constitucional da Itália autorizou nesta segunda-feira (20) a realização de um plebiscito para reduzir pela metade o prazo necessário para imigrantes solicitarem a cidadania italiana.   

A decisão do tribunal foi tomada alguns meses depois de uma campanha no país que reuniu – e ultrapassou – as 500 mil assinaturas necessárias para pedir a convocação de um plebiscito.   

Atualmente, imigrantes com mais de 18 anos podem solicitar a cidadania após residir na Itália de forma ininterrupta durante uma década, mas a petição promovida pelo partido de centro Mais Europa pede que esse período caia para cinco anos, assim como era até 1992.   

Vale destacar que a petição assinada por pouco mais de 600 mil pessoas não diz respeito ao “jus scholae” A legenda explicou que o “jus scholae”, proposta que agita o debate político na Itália, beneficiaria cerca de 135 mil jovens por ano, enquanto a proposta do plebiscito atingiria um público de 2,5 milhões de indivíduos, incluindo imigrantes que moram na nação há pelo menos cinco anos e seus filhos menores de idade. O candidato precisaria comprovar conhecimentos intermediários de italiano e autossuficiência econômica.   

“Nossa alegria neste momento é imensa: estamos fazendo história. Temos uma oportunidade real de mudar a face do nosso país para melhor. O ‘sim’ da Corte Constitucional representa a saída de um impasse que dura mais de 30 anos e é uma forte mensagem para nossa própria democracia: os cidadãos podem criar oportunidades de mudanças concretas quando instituições imóveis não intervêm em questões decisivas”, escreveu a comissão organizadora do referendo.   

“A admissibilidade da questão do referendo sobre a cidadania promovida pelo Mais Europa é uma notícia maravilhosa. Na crise demográfica que assola a Itália e põe em risco o seu futuro econômico e social, a integração daqueles que escolhem a Itália como sua casa é um caminho necessário e positivo”, celebrou Benedetto Della Vedova, deputado do Mais Europa. (ANSA).   

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