França absolve ativista ecologista por colar cartaz em quadro de Monet

A Justiça francesa absolveu nesta terça-feira (21) uma ativista ambiental que colou um pôster no vidro que protege a pintura “Coquelicots”, de Claude Monet, no Museu d’Orsay, em Paris, para denunciar a mudança climática.

Em 1º de junho de 2024, a mulher colou um cartaz vermelho “com cerca de 50 centímetros de comprimento” representando uma paisagem apocalíptica, antes de colocar a mão na parede ao lado da tela do pintor impressionista de uma cena campestre com papoulas.

Na audiência do tribunal em Paris, em 20 de novembro, a jovem ativista do movimento Riposte Alimentaire disse que “se não houvesse vidro”, ela não teria realizado essa “ação de resistência civil”.

“Uma condenação criminal teria constituído uma interferência desproporcional no exercício do direito de liberdade de expressão da minha cliente”, explicou seu advogado, Yves Patouillard. A Promotoria também havia solicitado a absolvição.

O Museu d’Orsay, que era parte civil, estimou o dano econômico da ação em 27.788 euros (174 mil reais) pelo trabalho envolvido na remoção do pôster do vidro protetor e pelo fechamento temporário da exposição.

Em 2023, o ativista já havia sido condenada a uma pena suspensa de dois meses de prisão e a um curso de educação para a cidadania por atos semelhantes.

Nos últimos anos, ativistas ambientais realizaram ações contra obras de arte – colagem manual, arremesso de sopas ou purê de batatas, etc. – para alertar sobre a emergência climática.

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