Especialista esclarece dúvidas sobre libido após menopausa, como revelou Claudia Raia

Claudia Raia, 58 anos, abriu o jogo sobre sexo e contou como está a vida sexual após a chegada da menopausa. Ela, que foi mãe pela terceira vez há dois anos, revelou que sua libido aumentou nesse período.

Em recente entrevista no programa “Goucha”, exibido em Portugal, a artista falou sobre a vida sexual com o marido, o também ator Jarbas Homem de Mello, 55.

“O [meu] desejo sexual permanece bom”, garantiu ela, que elencou as mudanças no organismo feminino que provocam uma redução da frequência sexual.

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“Esse é um dos sintomas avassaladores [a perda de libido]. Secura vaginal, desconforto vaginal no ato sexual, são muitas variantes, muitos incômodos ao mesmo tempo, e a falta de libido, então por que você vai se machucar com um negócio que você nem está sentindo vontade de fazer?”, analisou ela.

O site IstoÉ Gente conversou com a *Dra. Patrícia Magier, médica especialista em ginecologia regenerativa, que falou sobre as alterações no corpo após a menopausa e sobre como manter o apetite sexual nessa fase da vida.

“A menopausa agrava muito, mas muito, a questão da libido. Primeiro, a falta do estrogênio, que é o hormônio da mulher. Além de mexer com a questão da excitação, da vontade, do desejo, também provoca ressecamento vaginal e dá desconforto na hora da relação sexual. Com isso, a pessoa avalia que vai sentir dor e aí já afasta o desejo. A testosterona também é muito importante. Quando a testosterona e o estrogênio estão baixos, diminuem muito a vontade da mulher”, esclarece.

Porém, a médica alerta que, antes das alterações hormonais, outros fatores contribuem para a perda do desejo sexual.

“Nós sabemos que a baixa da libido é uma das queixas mais comuns na mulher que entra na menopausa, especialmente se ela não faz a terapia de reposição hormonal. Mas a libido é multifatorial. Ela tem vários fatores que envolvem. Em uma escala, ela é a nona causa para a perda de libido. Essa é uma queixa frequente nos consultórios. Pacientes apontam como motivo para a falta de lbido o cansaço, estresse, ansiedade, alterações no relacionamento, uma baixa autoestima. E aí vem a questão hormonal como nona causa”, alerta a médica.

Além de reposição e controle hormonal, a especialista aconselha observar outros pontos da vida cotidiana para avaliar melhor as causas da libido baixa.

“A mulher na menopausa, se ela não tem um bom estilo de vida, ela pode ganhar peso. Ela pode sofrer alterações na imagem que ela faz de si, não se reconhecer, se sentir menos desejada, menos atraente, de querer esconder o corpo dela, isso tudo afeta a relação. O apetite sexual pode estar ligado à soma de fatores hormonais com questões emocionais, como etarismo, sobrecarregada, questões de um casamento, se for um casamento de longa duração, isso também diminui bastante o interesse na questão sexual”, esclarece.

É possível melhorar a libido?

Para aquelas que têm baixa libido, a Dra. Patrícia Magier dá as dicas de como melhora o apetite sexual e manter o relacionamento saudável, sem interferência da idade.

“Primeiro, se não houver nenhuma contraindicação, a reposição hormonal melhora muito. Melhora a atrofia do ressecamento vaginal, e, não havendo esse desconforto na hora da relação sexual, ela não fica com a memória de que se for ter relação vai sentir dor. É possível, também, através de uma boa alimentação e da prática de atividades físicas, aumentar o desejo sexual. Ela começa a cuidar de si, a se olhar pra dentro e buscar sua melhor versão”, aconselha a médica.

A prevenção, porém, é sempre o melhor caminho Assim como para qualquer tipo de problema de saúde, seja físico ou mental, um tratamento preventivo vai ajudar a amenizar os efeitos da menopausa e, consequentemente, a libido.

“É muito possível que o desejo aumente na menopausa. Muitas mulheres não falam sobre isso aos trinta, aos quarenta anos. E quando chega a menopausa, muitas vezes, procuram seus médicos somente por outras queixas de calores, irritabilidade, de insônia”, observa.

“Então muitas mulheres de quarenta ou cinquenta, ou mesmo as mais novas, elas estão tão focadas na maternidade ou na questão profissional, que acabam por não valorizar o autocuidado, o olhar pra si. É muito comum atender mulheres que chegam ao consultório com milhões de queixas e que quando a gente começa a ajustar coisas que não foram ajustadas ao longo dos dez, quinze anos, ela pode ficar bem melhor do que ela estava há dez anos antes”, relata a médica.

 

 

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