Cúpula do PT quer petista no comando da articulação do governo na reforma ministerial

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm tentado emplacar um nome petista no lugar de Alexandre Padilha para comandar a articulação do Planalto com o Congresso Nacional. Padilha, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais, tende a deixar o cargo na reforma ministerial prevista para as próximas semanas.

Com as eleições de Hugo Motta (Republicanos-PB) para comandar a Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para liderar o Senado, o xadrez da reforma deve ganhar corpo nos próximos dias. Ambos devem participar das negociações e dar pitacos nas indicações para os ministérios.

Motta, por exemplo, já deu indicativos de que quer o líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões Júnior (AL), no comando da articulação do governo com os parlamentares. Bulhões é governista, mas tem perfil negociador e é próximo do novo presidente da Câmara.

Paralelamente a isso, chegou-se a cogitar a entrada de um membro do PSD para atender à demanda do partido por uma pasta mais robusta. O atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, era um dos que estavam de olho na pasta, mas as tratativas congelaram nas últimas semanas.

Petistas querem evitar o avanço do centrão em uma pasta estratégica para o governo Lula. Na avaliação de alguns aliados, a entrega da SRI para um nome de fora do partido pode enfraquecer a legenda, que passa por reestruturação no comando pensando em 2026.

Um dos nomes que os petistas querem emplacar é o do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Outro que também disputaria esse espaço entre os petistas é o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Salão Azul.

Caso a troca seja concretizada, Alexandre Padilha não deve ficar desamparado e deve se manter nos quadros do Planalto. Há articulações para que ele assuma outra pasta, ainda em negociação. A tendência é que o ministro assuma o lugar de Nísia Trindade no Ministério da Saúde.

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