Amor por Los Angeles e mensagens políticas: os principais momentos do Grammy

A 67ª edição dos prêmios Grammy homenageou os bombeiros que lutaram contra os incêndios que devastaram Los Angeles em janeiro e celebrou o melhor da cena com apresentações deslumbrantes.

Também houve momentos políticos com artistas abordando questões que dividem os Estados Unidos, semanas após o republicano Donald Trump retornar à Casa Branca.

Veja, a seguir, alguns dos momentos que marcaram a gala mais importante da música:

– Noite política –

Migração, diversidade, sistema de saúde, questões de gênero: a noite mais importante da música não ficou indiferente às questões que polarizam a sociedade americana.

Shakira dedicou seu Grammy pelo Álbum de Pop Latino aos “meus irmãos e irmãs imigrantes” nos Estados Unidos, onde o presidente Trump prometeu deportações em massa.

“Este não é o momento de silenciar as vozes da diversidade que vimos no palco”, disse Alicia Keys ao aceitar o prêmio honorário Dr. Dre de impacto global.

Lady Gaga usou seu espaço para defender a comunidade queer, enquanto Chappell Roan defendeu que as gravadoras oferecessem melhores condições contratuais, incluindo benefícios como plano de saúde, aos seus artistas.

– Novos talentos –

Talentos emergentes dominaram a cena do Grammy. Sabrina Carpenter encantou o público com seus sucessos “Please Please Please” e “Espresso” em uma apresentação de inspiração retrô, enquanto a princesa do centro-oeste Chappell Roan, vencedora da categoria Melhor Artista Revelação, soltou sua extravagância ao cantar “Pink Pony Club”.

Outros candidatos à cobiçada categoria se revezaram em um medley que arrancou aplausos e dança.

De Benson Boone e suas piruetas, a Shaboozey e sua cativante música country “A Bar Song (Tipsy)”, ao rítmico Teddy Swims e a voz imponente de Raye, até a performance energética do rapper da Flórida Doechii, que levantou todo mundo da cadeira.

– Mulheres negras brilharam –

Foi uma noite histórica para as mulheres negras. Beyoncé finalmente ganhou o Grammy de Álbum do Ano por “Cowboy Carter”, um trabalho sincero e profundo que abrange vários gêneros, inclusive o country.

Doechii, por sua vez, levou para casa o prêmio de Melhor Álbum de Rap, tornando-se apenas a terceira mulher a vencer nesta categoria.

“Muitas mulheres negras estão me vendo agora, e eu quero dizer a elas: ‘Vocês conseguem!’”, disse ela ao receber a estatueta.

– LA forte –

A gala foi uma homenagem à resiliência da cidade, aos socorristas e aos artistas que chamam Los Angeles de lar.

O vocalista do Red Hot Chili Peppers, Anthony Kiedis, e seu baterista Chad Smith subiram ao palco para apresentar um prêmio, apresentando versões a cappella do grande sucesso da banda de Los Angeles, “Under the Bridge”.

Lady Gaga e Bruno Mars cantaram um cover do clássico “California Dreamin’”, do Mamas and the Papas, enquanto Billie Eilish usou um boné dos Dodgers em sua apresentação.

Durante a transmissão, um código QR foi exibido na tela pedindo aos espectadores que fizessem doações para ajudar as vítimas do incêndio.

Sete milhões de dólares (40,8 milhões de reais) foram arrecadados, de acordo com o apresentador Trevor Noah. E quando um grupo de bombeiros de Los Angeles subiu ao palco para apresentar o prêmio final da noite, Álbum do Ano, levado por Beyoncé, recebeu uma longa salva de palmas.

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