Café arábica atinge novo recorde pela 9ª sessão seguida

A incessante alta do preço do café arábica continuou nesta terça-feira, com o mercado estabelecendo um novo recorde pela nona sessão consecutiva, já que os torrefadores se esforçaram para garantir o fornecimento e os agricultores permaneceram relutantes em vender.

Os contratos futuros do café arábica na bolsa ICE, usados como referência global de preços, atingiram o recorde de 3,8990 dólares por libra-peso no início do pregão. Eles fecharam em alta de 0,6%, a 3,8335 dólares por libra-peso, elevando os ganhos do ano para cerca de 20% até o momento. Em 2024, os ganhos foram de 70%.

Os negociantes disseram que os investidores especulativos estão se acumulando no mercado de café principalmente no lado da compra, levando os torrefadores a se envolverem em compras de pânico e os agricultores a reterem as vendas na esperança de que os preços possam subir ainda mais.

“A meta natural para esta semana é testar o limite de 4 dólares”, disse um negociante.

O arábica tem sido apoiado por uma queda esperada na produção do Brasil, o maior produtor, nesta temporada, em parte devido à seca do ano passado, embora alguns especialistas digam que a nova safra pode não ser tão ruim quanto se temia inicialmente, graças às amplas chuvas recentes.

O café robusta, uma variedade geralmente mais barata usada principalmente para fazer café instantâneo, subiu 0,5%, fechando a 5.548 dólares a tonelada métrica, depois de atingir o pico de 5.840 na semana passada, o preço mais alto desde que o contrato começou a ser negociado em 2008.

“Quando os preços do café estão tão altos, os fundamentos começam a ter menos importância. Os especuladores especularão. Muitos se sentiriam atraídos pelo café depois do que aconteceu com o cacau e da alta que muitos deles perderam”, disse o Rabobank.

O Rabobank acrescentou que o mercado também está preocupado com a possibilidade de o presidente dos EUA, Donald Trump, impor tarifas comerciais aos países sul-americanos que são os principais produtores de café.

“A América Latina está no horizonte do presidente. A incerteza em relação às tarifas e às guerras comerciais é uma incerteza para o café”, disse.

Já o mercado de açúcar bruto na ICE fechou em alta de 0,4 centavo, ou 2,1%, a 19,66 centavos de dólar por libra-peso, enquanto o açúcar branco subiu 2,5% para 526,80 dólares a tonelada.

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