Conheça a rotina da aluna que é a única em seu curso na universidade

Isadora Rezende, 21, é a única aluna de uma turma do bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia (BICT), com especialidade em engenharia de produção, da UFLA (Universidade Federal de Lavras), em Minas Gerais. Sem colegas em sala de aula, ela compartilha nas redes sociais a rotina solitária — e curiosa — de sua vida universitária.  

Em janeiro deste ano, o dia a dia de Isadora repercutiu no TikTok. Um vídeo postado por ela, sob o título de “um dia comigo na faculdade sendo a única aluna do meu curso”, rendeu mais de 3 milhões de visualizações. “Acho que tem mais prós do que contras em ser filha única do curso”, disse a jovem na legenda.  

Em um dia de aula comum no campus de São Sebastião do Paraíso (MG), Isadora mostra os ambientes e laboratórios vazios. “Eu sozinha esperando a aula de metrologia”, comentou, com bom humor em um dos trechos. Assista abaixo: 

@isarezzennde

eu acho que tem mais prós do que contras em ser filha única do curso #vlog #faculdade #universidade #umdia #umdiacomigo #college #viral #elonmusk #trend #fyp #fyy #universidadepublica #engenharia

♬ That’s So True – Gracie Abrams

Como ela se tornou a única aluna

O campus da UFLA em que Isadora estuda iniciou as atividades em 2022 e o bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia tem três anos de duração. Sendo assim, ainda não há formados. 

“O BICT proporciona aos estudantes uma formação abrangente, antes de optarem por uma especialização no segundo ciclo, que inclui graduações em engenharia de software, engenharia elétrica e engenharia de produção”, disse a diretoria de comunicação da UFLA à CNN.  

Isadora, que concluiu recentemente o primeiro ciclo do BICT, foi a única que optou pela engenharia de produção. Ela havia iniciado no curso com outras 11 pessoas, que escolheram outras especializações. 

“O BICT oferece a possibilidade de os estudantes ingressarem no mercado de trabalho após a conclusão da primeira etapa ou prosseguirem para o segundo ciclo, escolhendo uma das áreas de engenharia mencionadas”, acrescentou a UFLA. 

Baixa procura

A universidade explica que, por seu caráter inovador, o curso “ainda está em fase de reconhecimento pela comunidade estudantil, o que impacta a adesão ao curso”.

“Como toda nova unidade acadêmica, o campus Paraíso passa por um processo de consolidação, no qual a demanda por cursos pode variar ao longo do tempo.” 

A UFLA ainda destacou que atores externos, como o contexto da pandemia de Covid-19, também influenciaram no ingresso inicial de estudantes. 

Turmas com poucos alunos

Nos casos em que turmas apresentam número reduzido de alunos, a universidade disse à CNN que adota medidas para “garantir a qualidade da formação e a integração acadêmica, promovendo atividades interdisciplinares e a participação em projetos de ensino, pesquisa e extensão”.   

“Ressalta-se que a universidade tem estratégias contínuas para ampliar a procura pelo BICT e pelos cursos subsequentes, incluindo ações de divulgação, participação em eventos acadêmicos e aproximação com escolas da região”, respondeu.  

O ingresso nos cursos da UFLA é realizado por meio do SiSU (Sistema de Seleção Unificado), do PAS (Processo de Avaliação Seriado) e de processos seletivos específicos. 

Estudantes compartilham alternativas de intercâmbio sem gastar muito

Este conteúdo foi originalmente publicado em Conheça a rotina da aluna que é a única em seu curso na universidade no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.