Governo deve incluir projetos de senadores na agenda econômica, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (11) que o governo vai analisar a inclusão de projetos apresentados por senadores e outras iniciativas parlamentares na agenda econômica.

Segundo Haddad, o Executivo avaliará as propostas para, eventualmente, incorporá-las ao conjunto de medidas planejadas para os próximos anos.

“Alguns senadores e senadoras pediram que projetos próprios do Senado fossem incorporados à agenda do governo, e nós entendemos que há sim bons projetos”, afirmou à imprensa após encontro com o presidente do Senado Davi Alcolumbre (União-AP).

O chefe da equipe econômica usou como exemplos de sugestões abraçadas o Marco de Garantias e o Novo Marco dos Seguros. “Várias propostas que eram de iniciativas de parlamentares, e foram acolhidas pelo Executivo como se nossas fossem. E nós faremos exatamente a mesma coisa”, pontuou o ministro.

 

Além de Haddad, os ministros Simone Tebet (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) estiveram na ocasião. Líderes de todas as legendas também compareceram ao encontro que ocorreu na residência oficial da presidência do Senado.

Haddad ainda agradeceu a aprovação de 32 medidas econômicas do governo que foram apresentadas desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O chefe da equipe econômica também pontuou que, além das medidas econômicas para os próximos dois anos, há outras propostas em análise do presidente da República.

O ministro levou a Alcolumbre uma lista com 25 medidas econômicas consideradas prioritárias para os próximos dois anos. Segundo Haddad, parte delas já foi “digerida” pelos parlamentares e, portanto, tem maturidade para serem aprovadas.

Entre os itens da lista, está a reforma sobre o Imposto de Renda (IR), que busca isentar o pagamento da alíquota para quem recebe até R$ 5 mil por mês. O texto está sendo analisado pelo Planalto e deve ser enviado ao Congresso em breve.

Haddad também definiu como prioridades a limitação dos supersalários e o projeto da reforma da Previdência dos militares. A regulamentação econômica das big techs, que ainda não foi apresentada pelo governo, também integra a lista.

Durante a coletiva de imprensa, Alcolumbre também pontuou a disposição de colaborar com a agenda de governo.

“Da nossa disposição, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, de unirmos o Poder Legislativo brasileiro em prol de uma agenda comum de país. E vocês sabem, a nossa relação institucional com o presidente Hugo Motta é das melhores possíveis”, afirmou Alcolumbre.

“Tenho certeza que essa relação de pacificação entre Câmara e Senado, ministro haddad, vai colher bons frutos e tenho certeza que a recíproca é verdadeira com o governo.”

A agenda é uma espécie de “visita de cortesia” para o início dos trabalhos do Legislativo em 2025, que foram retomados na semana passada.

A reunião também marca o primeiro encontro oficial entre os ministros e Alcolumbre desde que o senador foi eleito para a presidência da Casa no dia 1º de fevereiro.

Haddad e Padilha realizaram uma visita semelhante a Hugo Motta (Republicanos-PB), novo presidente da Câmara dos Deputados, na semana passada. Na ocasião, o ministro da Fazenda também entregou as mesmas prioridades.

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