Itália reafirma apoio a acolhimento de venezuelanos no Brasil

(ANSA) – BRASÍLIA, 12 FEB – O embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, reafirmou nesta quarta-feira (12) o apoio do governo italiano à Operação Acolhida, que nos últimos anos recebeu milhares de refugiados venezuelanos no estado de Roraima.   

A declaração foi dada durante encontro na sede da Embaixada de Roma em Brasília, que contou com a presença da Agência da ONU para os Refugiados (Acnur), do Ministério da Justiça do Brasil, da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS) e da organização italiana de cooperação AVSI.   

“Nos últimos anos, o governo italiano tem se empenhado em apoiar a Operação Acolhida. A Itália investiu mais de 2 milhões de euros desde 2018 para apoiar as atividades de organizações internacionais, ONGs e instituições brasileiras”, afirmou Cortese na abertura do evento.   

“Entre as parcerias de destaque, o Acnur tem desempenhado um papel essencial, especialmente na região da fronteira do estado de Roraima. Estamos orgulhosos da ajuda prestada a essas pessoas, que chegam sem apoio e enfrentando tanto sofrimento”, acrescentou o embaixador.   

Ele lembrou que, em 2024, o governo italiano contribuiu com 500 mil euros para as atividades do Acnur em Roraima em prol dos venezuelanos, muitas das quais em colaboração com a AVSI.   

“Graças à contribuição italiana, o Acnur pôde apoiar mais de 5 mil imigrantes e refugiados em 2024. Nós estamos muito orgulhosos deste sucesso”, salientou Cortese.   

O embaixador também comentou que a Operação Acolhida “tem se mostrado como um modelo na gestão dos fluxos migratórios, provando uma solidariedade exemplar e seu respeito pelos direitos humanos”. O diplomata embarca nesta quarta para Roraima, junto com uma delegação do Acnur, da AICS e da AVSI para visitar pessoalmente os lugares de assistência a venezuelanos com a contribuição italiana.   

Já o representante do Acnur no Brasil, Davide Torzilli, enfatizou a importância da cooperação da agência da ONU com os governos italiano e brasileiro. “Nosso trabalho exige adaptação às necessidades locais, principalmente das comunidades indígenas, respeitando suas culturas e tradições. Precisamos atuar com flexibilidade, e o financiamento italiano tem sido fundamental”, apontou.   

Por sua vez, o secretário do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Jean Uema, reforçou o compromisso do governo Lula com a Operação Acolhida, enquanto o chefe da AVSI no Brasil, Fabrizio Pelicelli, celebrou o legado do projeto.   

“Essa iniciativa consolidou uma aliança estratégica em favor dos irmãos venezuelanos. O objetivo não é apenas oferecer uma resposta emergencial, mas garantir a integração dos refugiados no Brasil”, afirmou ele. (ANSA).   

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