A dificuldade de adaptação pessoal da filha de Maíra Cardi; entenda como solucionar

A empresária Maíra Cardi contou que a filha Sophia, da antiga relação com Arthur Aguiar, está passando por um período turbulento, por conta da adaptação em sua nova residência e colégio. A esposa de Thiago Nigro pediu auxílio para as seguidoras que são mães.

“Estou arrasada! Essa é a verdade. Sophia não está se adaptando na escola, na nova vida e está muito difícil. Sei que muitas mães me assistem e que a adaptação no colégio é muito difícil para todo mundo. Não é só para Sophia, são para todas as crianças. Mas acredito e é por isso que estou dividindo com vocês, para que vocês possam me ajudar. Acredito que para Sophi esteja um pouquinho mais puxado. Por quê? Vamos lembrar o que aconteceu nesses últimos tempos? Fiz um vídeo falando sobre a importância da Thaís na nossa vida e a babá morreu. Ela ficou muito mal porque gostava muito da babá, todos nós gostávamos da Thaís e ela faz muita falta”, disparou Maíra, em um vídeo em seu perfil do TikTok na segunda-feira, 10.

“Thaís era a babá dela do final de semana, não via todos os dias, mas ela sentiu a morte da Thaís porque estava esperando um filho e o perdeu na sequência da gravidez. Logo depois, eu engravidei e ela estava com medo, porque na cabeça dela, a gravidez ficou uma informação ruim. Ela assustou muito e ficou com medo de que eu morresse durante a gravidez. Ela ficou assim: ‘A gravidez é ruim, porque morre a mãe ou morre o filho’. Depois o irmão faleceu e agora ela perdeu a casa dela, onde ela morou praticamente a vida inteira”, pontuou.

“Ela perdeu o quarto e ela não tem quarto aqui nessa casa, porque a gente não arrumou o raio do ar-condicionado. Ela está no nosso quarto e aí não está se sentindo pertencendo. As melhores amigas dela perdeu todas, porque mora em outra cidade. Ela perdeu a escola e então, para uma criança, é muita coisa: babá, irmão, escola, quarto, melhores amigas. Ela está arrasada! Hoje foi um dia muito ruim para nós. Está muito difícil! Não está fácil, não está. Estou com o meu coraçãozinho de mãe angustiado”.

“Ela não quer sair, só fica com as 3 naninhas emboladas, voltou a chupar chupeta porque está triste e não quer sair de casa. Ela não sai de casa, não quer brincar e não quer fazer nada. Óbvio que vou procurar um psicólogo para ela, antes que vocês perguntem. Ela precisa fazer as sessões, vou procurar e a gente estava esperando mudar para achar. Estou arrasada! É isso! Quem é mãe aí e tem uns conselhos para me dar?”, finalizou.

Telma Abrahão, especialista em inteligência emocional e idealizadora da Educação Neuro Consciente, explica que “a adaptação a uma nova escola pode ser desafiadora para qualquer criança, pois envolve mudanças que afetam sua segurança emocional: um novo ambiente, novos colegas, professores desconhecidos e uma rotina diferente. Quando essa transição ocorre junto a um luto, mesmo que a criança ainda não compreenda completamente a morte, o impacto emocional pode ser ainda mais profundo”.

Segundo ela, é importante entender que crianças expressam suas emoções de maneiras diferentes dos adultos. Algumas podem verbalizar o que sentem, enquanto outras demonstram por meio do comportamento: insegurança, regressões (como voltar a dormir na cama dos pais ou chupar o dedo), crises de choro ou resistência em ir para a escola.

“No caso específico da filha da Maíra Cardi, o fato de ela chamar pelo nome da babá que faleceu indica que essa relação era significativa para ela. Crianças pequenas ainda não têm a maturidade neurológica para compreender o conceito de morte como algo definitivo, e, muitas vezes, tentam resgatar o vínculo da única maneira que conhecem – chamando, perguntando, ou até buscando a pessoa de alguma forma”, diz.

Telma Abrahão dá dicas de como ajudar a criança nesse processo de adaptação:

  • 1. Criação de uma conexão segura no novo ambiente

    A criança precisa se sentir emocionalmente segura para se adaptar à escola. Isso pode ser feito através da construção de um vínculo com algum professor ou funcionário que demonstre afeto e acolhimento. Combinar algo que gere previsibilidade também ajuda, como uma rotina fixa ao chegar, um abraço especial com a mãe na despedida ou um objeto de conforto (um ursinho pequeno na mochila, por exemplo).

  • 2. Nomear os sentimentos

    Crianças nem sempre sabem expressar o que estão sentindo, então os pais podem ajudá-las a entender suas emoções:
    “Você está sentindo saudade da Thais e, ao mesmo tempo, ainda está conhecendo sua nova escola. Tudo isso pode parecer muita coisa de uma vez, né? Mas estamos aqui para te ajudar.”
    Isso ensina a criança que é normal sentir saudades e que suas emoções são bem-vindas.

  • 3. Falar sobre as mudanças de forma lúdica

    Brincar de “escolinha” com bonecos, contar histórias sobre personagens que também mudaram de escola ou criar um diário de adaptação pode ajudar a criança a se sentir mais no controle da situação.

  • 4. Respeitar o tempo da criança

    Algumas crianças precisam de mais tempo para se adaptar. Se houver resistência extrema, é importante investigar se algo específico está dificultando essa adaptação (como medo de ficar sozinha, insegurança com os professores ou dificuldade em fazer amizades).
    Para as mães, a dica principal é: confiem na capacidade do seu filho e não invalidem os sentimentos dele, por mais desafiador que seja. Acolher, ouvir e garantir que ele se sinta seguro são as chaves para uma adaptação saudável.

    Se a criança demonstrar sinais de sofrimento intenso por um período prolongado, como mudanças no sono, recusa alimentar ou regressões acentuadas, pode ser um bom momento para buscar o apoio de um profissional que ajude a família a navegar por esse momento com mais leveza.

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