Exaustão; deputados reclamam de votação presencial obrigatória

Nesta semana, a capital federal foi palco de descontentamento entre parlamentares, após a decisão do novo presidente da Câmara dos Deputados de encerrar as sessões remotas. Instituídas durante a pandemia para garantir o funcionamento do Congresso Nacional, as votações virtuais se tornaram uma ferramenta significativa para a gestão legislativa.

O Sistema de Deliberação Remota (SDR), regulado por um ato específico, foi frequentemente utilizado por Arthur Lira (PP-AL) para facilitar a aprovação de propostas que exigem maior quórum, como a Reforma Tributária. Entretanto, com a volta ao formato presencial, os deputados tiveram que se deslocar para Brasília e com sessões que se estenderam por até oito horas na terça e quarta-feira.

No início das atividades, o clima foi de correria. Este colunista observou parlamentares apressando-se para registrar presença e participar das votações, temendo penalizações por faltas. Contudo, as queixas não tardaram a surgir.

“Isso não vai durar muito tempo. Não dá para ficar tanto tempo preso em uma sessão”, desabafou um deputado. Outro, em tom de brincadeira, comentou: “Desde 2019 não precisava passar por isso. Não sei se vai funcionar”.

Uma análise interna entre os parlamentares sugere que o novo formato presencial pode não ser tão eficiente quanto se esperava. Entre os governistas, há discussões sobre a possibilidade de solicitar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que intervenha junto a Motta, com o intuito de reverter a decisão que aboliu as sessões remotas.

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