O rádio teve uma contribuição decisiva para contar a história da Copa de 1958

O rádio é o veículo de comunicação que mais mexe com a imaginação das pessoas. A experiência sensorial faz com que o nosso cérebro tente construir o que não estamos vendo e, por esse motivo, talvez seja o meio de comunicação que apresente a maior capacidade de provocar emoções. Claro que nada substitui assistir a uma partida de futebol, mas, em 1958, não havia outra alternativa a não ser acompanhar os jogos pelo rádio. Desde o mundial de 1938 era assim. Naquele ano, Leonardo Gagliano Neto foi o único a transmitir os duelos da seleção em campos franceses diretamente para o Brasil.

Nas duas primeiras edições de Copa, em 1930, no Uruguai, e em 1934, na Itália, ainda sem transmissões diretas de longa distância, os torcedores brasileiros se amontoavam na porta das sedes dos jornais para saber o resultado dos jogos. Já nos três mundiais seguintes, em 1938, em 1950 e 1954, a torcida brasileira se acostumou a acompanhar as partidas pelo rádio e, em 1958, não foi diferente.

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O veículo teve uma contribuição decisiva para contar a história da Copa de 1958. O som chegava da Europa via ondas curtas, com inevitáveis chiados e oscilações, que, para muitos aficionados pelo veículo de comunicação, davam um “charme” às transmissões. Uma reportagem de O Globo esclarece que seis cadeias de rádio lideraram as transmissões da Suécia para o Brasil: Bandeirantes, Panamericana/Continental, Globo/Record, Guaíba, Nacional e Tupi.

No entanto, cada grupo retransmitia o sinal para outras rádios espalhadas pelo país e praticamente todo território nacional pôde acompanhar a Copa. As lojas de magazine aproveitaram o momento para vender aparelhos, que se modernizaram e passaram a ser cada vez menores, fáceis de carregar.

Ouça detalhes das transmissões da Jovem Pan, ainda Rádio Panamericana, em 1958:

 

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