Temperaturas acima de 32ºC podem acelerar envelhecimento celular em até três anos, revela Estudo

Um novo estudo realizado nos Estados Unidos revela que viver em condições de calor intenso, com temperaturas superiores a 32ºC, pode acelerar o envelhecimento celular em até três anos. A pesquisa, que envolveu mais de 3.600 participantes, indica que até uma semana de exposição a altas temperaturas pode provocar mudanças no DNA, resultando em um envelhecimento acelerado. Essa alteração no equilíbrio da metilação do DNA pode contribuir para o surgimento de doenças relacionadas à idade e afetar o sistema imunológico. Publicada na revista Science Advances, a pesquisa sugere que a exposição ao calor pode aumentar a idade biológica em até dois anos e oito meses. Isso implica que as células e órgãos de um indivíduo podem operar como se fossem quase três anos mais velhos do que a sua idade cronológica real. Os cientistas utilizaram métodos matemáticos para calcular as idades biológicas e compararam esses dados com informações sobre temperaturas extremas entre 2010 e 2016.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Os resultados indicam que uma pessoa que enfrenta 30 dias consecutivos de calor acima de 32ºC pode envelhecer biologicamente cerca de 51 dias a mais do que o esperado. A análise não revelou diferenças significativas entre diferentes faixas etárias, gêneros ou classes sociais, mas evidenciou uma relação entre residir em regiões com maior incidência de calor extremo e um aumento na idade biológica. Eunyoung Choi, uma das autoras do estudo, ressaltou que os habitantes de áreas com mais dias de calor intenso podem experimentar um envelhecimento biológico até 14 meses mais acelerado.

A pesquisa também estabeleceu uma conexão entre apenas sete dias de exposição a temperaturas elevadas e alterações no DNA, destacando a gravidade do impacto do calor no organismo. As modificações químicas no DNA, conhecidas como metilação, podem ser afetadas por fatores ambientais. O calor extremo pode desestabilizar o equilíbrio genético, aumentando o risco de doenças e mortalidade. As mudanças epigenéticas observadas podem explicar por que indivíduos expostos a calor crônico apresentam maior vulnerabilidade a problemas cardíacos, neurodegeneração e uma resistência reduzida a infecções.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Adicionar aos favoritos o Link permanente.