Brasil abre 137 mil vagas de trabalho em janeiro

O ano de 2025 começou com a criação de 137.303 empregos formais em janeiro. Os dados, divulgados pelo Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, através do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), destacam a indústria como a principal responsável por esse crescimento, com 70.420 novas vagas. Outros setores também contribuíram significativamente, como serviços, construção civil e agropecuária, que adicionaram 45.165, 38.000 e 35.000 postos de trabalho, respectivamente. No entanto, o comércio foi o único setor a registrar um saldo negativo, com a perda de 52.417 empregos. Este resultado superou as expectativas do mercado, que previa a criação de apenas 48.000 postos.

A divulgação dos números teve um impacto imediato no mercado financeiro. Houve um aumento nos juros futuros e uma queda no índice Ibovespa, enquanto o dólar se valorizou em relação ao real. O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, criticou a reação negativa do mercado, questionando a lógica de considerar a geração de empregos como um problema que necessitaria de medidas do Banco Central, como o aumento dos juros. Ele expressou seu estranhamento diante da postura do mercado, que, segundo ele, não reflete a realidade econômica do Brasil.

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Em termos regionais, o Sul do país se destacou na criação de empregos, com 66.712 novas vagas, impulsionado principalmente pelos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte também apresentaram saldos positivos, enquanto o Nordeste foi a única região a registrar um saldo negativo, com a perda de 2.671 postos de trabalho.

O salário médio real de admissão em janeiro foi de R$ 2.251, representando um aumento de R$ 89 em relação a dezembro de 2024. Além disso, o ministro anunciou que uma Medida Provisória será publicada, autorizando o pagamento de R$ 12 bilhões do saldo retido do Fundo de Garantia para trabalhadores que optaram pelo saque-aniversário e foram demitidos desde janeiro de 2020.

Publicado por Luisa Cardoso

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