Após Cali, COP16 de Roma chega a acordo para biodiversidade

ROMA, 28 FEV (ANSA) – A 16ª reunião da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, a COP16, foi encerrada em Roma, na Itália, na noite de quinta-feira (27) com um acordo no qual os países ricos se comprometeram a mobilizar US$ 200 bilhões por ano até 2030 para financiar a preservação da natureza.   

O novo compromisso estabelece duas vertentes principais de ação nos próximos anos: buscar financiamento extra para a biodiversidade e decidir sobre as instituições que irão distribuir esse dinheiro.   

Isto “resultará na seleção de um mecanismo monetário permanente concebido para ajudar a garantir que o financiamento chegue aos locais com maior biodiversidade do planeta”, disse a líder da política de biodiversidade da Conservação Internacional, Jill Hepp.   

Durante a convenção realizada em Montreal, no Canadá, em 2022, o acordo previa que os países mais ricos arrecadassem US$ 20 bilhões até 2025 para as nações em desenvolvimento, algo que ainda não ocorreu.   

Roma recebeu a segunda rodada da COP16 após o evento ocorrido em Cali, na Colômbia, no final de 2024, não atingir nenhum resultado.   

Na última quinta, a ministra do Meio Ambiente colombiana, Susana Muhamad, propôs uma “rota” ambiental durante o encontro na Itália, que inclui o Fundo Cali, criado na Colômbia durante a primeira fase da COP16 para captar recursos de empresas que utilizam dados genéticos sequenciados digitalmente, além do trabalho com ativistas e comunidades indígenas e africanas “para defender a biodiversidade como elemento fundamental para resolver a crise climática, principalmente na América Latina”.   

“A assinatura do acordo na COP16 de Roma ontem à noite não é previsível. Foi um trabalho árduo da presidência colombiana e de todos os negociadores que trouxeram este resultado, ainda que não seja suficiente”, afirmou o vice-presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Sergio Costa, que chegou a criticar o investimento de muitos governos em armamentos bélicos.   

“A Itália que escolha em qual lado está e em como deve investir o dinheiro dos contribuintes: armas para lobby ou preservação do planeta”, concluiu. (ANSA).   

Adicionar aos favoritos o Link permanente.