Hamas acusa Israel de “golpe” no acordo de cessar-fogo

O Hamas disse neste domingo (2) que a decisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de suspender a ajuda humanitária a Gaza é uma “chantagem barata” e um “golpe” no acordo de cessar-fogo. O grupo palestino pediu que os mediadores obriguem Israel a pôr fim às medidas punitivas contra Gaza.

Israel bloqueou a entrada de caminhões de ajuda no enclave neste domingo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelense, Gideon Saar, disse aos jornalistas que havia “enormes quantidades de ajuda humanitária” em Gaza, “provavelmente nas mãos do Hamas”, e que Israel não continuará permitindo a sua entrada, nem continuará as negociações com o grupo islâmico, “de graça”.

“Os princípios são claros: as negociações devem estar ligadas à libertação de reféns”, disse Saar aos repórteres em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.

Saar também disse que Israel concordou com uma proposta do enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, para um cessar-fogo temporário em Gaza durante os períodos do Ramadã e da Páscoa, mas que o Hamas a rejeitou.

Se aprovada, a trégua suspenderia os combates até ao final do período de jejum do Ramadã, por volta de 31 de março, e do feriado da Páscoa judaica, por volta de 20 de abril.

A trégua estaria condicionada à libertação de metade dos reféns vivos e mortos pelo Hamas no primeiro dia, sendo o restante libertado no final, se for alcançado um acordo sobre um cessar-fogo permanente.

O Hamas afirma estar comprometido com o cessar-fogo originalmente acordado, que estava programado para passar para uma segunda fase, com negociações que visam o fim permanente da guerra, e rejeitou a ideia de uma extensão temporária da trégua de 42 dias.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Hamas acusa Israel de “golpe” no acordo de cessar-fogo no site CNN Brasil.

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