Ao menos 188 crianças são vítimas de explosivos não detonados na Síria em três meses

Minas e explosivos não detonados na Síria mataram ou feriram pelo menos 188 crianças nos últimos três meses, uma ameaça crescente à medida que as famílias voltam para casa, informou a ONG Save the Children nesta quinta-feira (6).

Mais de 60 crianças foram mortas desde a queda de Bashar al-Assad em 8 de dezembro, após 13 anos de guerra civil, disse a ONG em um comunicado.

“Pelo menos 188 crianças foram mortas ou feridas em três meses, o que representa uma média de duas crianças por dia”, disse Bujar Hoxha, diretor nacional da Save the Children na Síria.

“Esse número pode continuar a aumentar à medida que mais crianças voltam para casa, ajudam a cultivar a terra, buscam alimentos ou brincam ao ar livre”, explicou.

A ONG relatou pelo menos 628 vítimas de todas as idades durante esses três meses devido à explosão dessas munições, “representando mais de dois terços do número total de vítimas em 2023”. No entanto, ela não especificou quantos deles foram mortos ou feridos.

A Save the Children pediu às autoridades que acelerassem “os esforços para remover as minas e os restos explosivos”.

De acordo com Hoxha, minas e restos de explosivos estão amplamente espalhados por grande parte do território sírio após uma guerra que deixou mais de meio milhão de mortos e 10 milhões de refugiados e pessoas deslocadas.

Um milhão de munições explosivas foram usadas durante a guerra, de acordo com estimativas internacionais citadas no mês passado pela ONG Handicap International (HI).

Entre 100.000 e 300.000 não explodiram, de acordo com a mesma fonte.

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