Sequestro de trem no Paquistão termina com 27 reféns e 35 militantes mortos

Um sequestro de trem ocorrido na província de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, deixou 62 pessoas mortas – sendo 27 reféns e 35 militantes do Exército de Libertação Balúchi (BLA). O impasse, iniciado na última terça-feira, 11, já durava 24 horas quando militares terminaram de resgatar cerca 350 passageiros com vida.

O BLA já assumiu a autoria do ataque. Integrantes da associação teriam disparado contra o veículo durante a passagem em um túnel, ainda no princípio da viagem. Eles também explodiram um trecho da ferrovia e utilizaram foguetes para atingir a máquina.

Na ocasião, 450 pessoas (sendo 100 deles integrantes das Forças Armadas) estavam no trem Jaffer Express a caminho de Peshawar, no norte. Após a captura, os militantes fizeram os tripulantes de refém – incluindo o maquinista.

Em retaliação, agentes militares engataram uma operação de resgate – ação que resultou em mais de 30 mortes de membros do BLA.

O passageiro Mohammad Ashraf disse à CNN que mais de 100 indivíduos estavam armados dentro do trem, mas que felizmente nenhum dano foi causado a mulheres e crianças. Outra mulher relatou os momentos de desespero, contando que fugiu dos tiros e caminhou por 2 horas até encontrar um local seguro.

Disputas internas

O Exército de Libertação Balúchi é uma organização extremista com intenções separatistas que atua há anos no Paquistão. Os atritos da com o governo federal vêm se tornado mais densos no últimos tempos, especialmente pelo acúmulo de políticas discriminatórias e pelo arrendamento do porto de Gwadar para a China.

Autoridades de segurança do país acreditam que os radicais estejam ligados a agentes do Afeganistão. Há um tempo, dirigentes paquistaneses desconfiam de que o Talibã forneça suporte à conjuntos extremistas, o que é negado pelo grupo afegão.

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