Vice-premiê da Itália receberá ministro sírio em Roma

BRUXELAS, 17 MAR (ANSA) – O vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, anunciou nesta segunda-feira (17) que receberá o ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad Al-Shaibani, em Roma, na próxima terça (18), para discutir um processo político pacífico e inclusivo.   

A confirmação foi feita em uma publicação no X pelo chanceler italiano, que participou de uma conferência sobre a Síria em Bruxelas.   

“O objetivo da Itália é trabalhar em direção a um processo político pacífico e inclusivo que proteja a segurança e os direitos de todas as comunidades sírias. Somente dessa forma poderemos fortalecer a estabilidade econômica e social do país”, escreveu Tajani, enfatizando que o assunto será discutido amanhã com Al-Shaibani.   

Em declaração à imprensa em Bruxelas, o ministro italiano também reforçou que a cúpula é um passo “importante para a estabilidade do Oriente Médio”, porque “marca um ponto de esforço, um sinal de confiança na nova administração que garantiu respeito a todos os cidadãos sírios, independentemente de sua filiação religiosa ou não”.   

O governo da Itália destacou ainda que agora é necessário trabalhar na Síria, assim como no Líbano, para fortalecer as instituições.   

Para Tajani, todos devem também, obviamente, “se esforçar para alcançar a paz na Palestina e, portanto, prosseguir com os acordos para garantir a libertação de todos os reféns israelenses, para finalmente dar ao povo palestino a possibilidade de sonhar com um futuro diferente”.   

A Itália “quer fazer a sua parte pela recuperação da Síria, nosso compromisso político e financeiro estará à altura do desafio”, ressaltou.   

Para o chefe da Farnesina, hoje, a Síria pode “olhar para o futuro com esperança”, tendo em vista que “a queda do regime de Assad abriu uma janela de oportunidade para o país começar um caminho de paz, unidade, justiça e crescimento”.   

Ao mesmo tempo, no entanto, Tajani reforça como a situação continua muito frágil: “A Itália testemunhou com grande preocupação a violência que ocorreu nos últimos dias na parte ocidental do país, em detrimento da minoria alauíta, que condenamos firmemente”.   

De acordo com ele, é esperado “que a nova liderança em Damasco mantenha a fé na promessa de punir os responsáveis e prossiga em um caminho de reconciliação nacional baseado na inclusão, com direitos e deveres iguais, de todos os componentes do país, incluindo os cristãos”. (ANSA).   

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