Eduardo Bolsonaro diz que não volta cedo ao Brasil e pedirá asilo político nos EUA

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que não pretende voltar ao Brasil tão cedo e que irá pedir asilo político nos Estados Unidos – país em que reside no momento. Em entrevista à CNN, o parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enfatizou que há uma perseguição política em curso e que as terras brasileiras não vivem uma democracia.

Nesta terça-feira, 18, Eduardo veiculou um vídeo nas redes sociais em que anunciava a licença de seu mandato na Câmara de Deputados. Segundo ele, a atitude de permanecer nos EUA era motivada pelas investigações promovidas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O magistrado é relator dos inquéritos sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2023 – crime pelo qual Jair Bolsonaro (PL) e aliados podem se tornar réus.

Agora, em uma nova declaração, o deputado reafirma a intenção de ficar no país ao dizer que não voltará logo ao Brasil e, além do mais, solicitará asilo político pelas supostas perseguições.

“Não tenho voo de volta para o Brasil. Devo fazer o pedido de asilo político ao governo dos Estados Unidos”, disse.

Asilo político é um tipo de proteção oferecida por um país a estrangeiros que enfrentam perseguição em sua nação de origem – sejam por razões políticas, religiosas, étnicas ou sociais. Ele afirmou à CNN que possui receio das possíveis retaliações de Alexandre de Moraes, condenando a situação como “grave”. Vale lembrar que Eduardo não foi formalmente denunciado, mas é citado diversas vezes no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado.

“Ele [Alexandre de Moraes] deve pedir o cancelamento do meu passaporte, deve pedir o bloqueio da minha conta no Brasil e fazer um pedido de extradição. Isso não é normal em uma democracia”, avalia.

Se Eduardo Bolsonaro ficar mais de 120 dias longe do cargo de deputado, um parlamentar suplente deverá assumir em seu lugar. No caso de ausência, a vaga seria de José Olímpio (PL-SP).

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