Jurídico da Liesa diz não haver previsão para recurso sobre notas, mas que escolas podem recorrer


Em nota após reunião interna, liga das escolas de samba disse que a UPM já apresentou ofício pedindo uma assembleia geral. Quatro camarotes foram multados devido ao som muito alto. A liga das escolas de samba do Grupo Especial, a Liesa, divulgou nesta terça-feira (18) um comunicado com atualização de vários temas discutidos em uma reunião interna.
Sobre o mais polêmico deles, o recurso contra notas consideradas injustas pela Acadêmicos do Grande Rio e pela Unidos de Padre Miguel, foi informado que o departamento jurídico avaliou que regulamento, estatuto e manual do julgador não têm previsão para questionamento de notas.
Nota da Liesa foi postada em redes sociais
Reprodução
“O parecer foi enviado à direção artística. Dessa decisão, as agremiações poderão recorrer ao Conselho Deliberativo e, em última instância, à assembleia geral”.
Leia todas as justificativas dos jurados do Grupo Especial
UPM tenta reverter rebaixamento
A Unidos de Padre Miguel (UPM), rebaixada à Série Ouro após a estreia no Grupo Especial, questiona notas e, segundo a Liesa, já requereu ao Conselho Deliberativo uma assembeia geral.
A Vermelha e Branca da Zona Oeste terminou em último lugar 1.1 ponto atrás da “vizinha” Mocidade Independente de Padre Miguel.
“A escola está reunindo todos os elementos necessários para apresentar um pedido formal, baseado em uma análise criteriosa das justificativas divulgadas”, declarou a UPM.
“Durante a revisão das justificativas, foram identificadas inconsistências graves, incluindo penalizações em quesitos específicos devido a uma falha técnica no caminhão de som — um problema alheio à responsabilidade da Unidos de Padre Miguel e que, portanto, não deveria ter resultado em perda de pontos”, explicou.
Grande Rio quer o título
A Grande Rio perdeu o título para a Beija-Flor por uma diferença de 0,1. A diferença mínima aconteceu no quesito bateria, onde a escola teve duas notas 9,9. Uma delas foi descartada e a outra foi considerada para a contagem final.
A escola questionou formalmente as justificativas dos jurados que tiraram pontos da bateria comandada pelo mestre Fafá.
Segundo o jurado Ary Jayme Cohen, que ficou responsável pelas notas no módulo 2, os ritmistas que tocavam as caixas da bateria comandada por Fafá não foram precisos.
“Na última convenção apresentada ainda no módulo do julgador no final da bateria com os atabaques, a resposta das caixas sugeriu uma imprecisão com efeito de (flam)”, justificou o jurado.
Jurado Ary Jayme Cohen disse que os ritmistas que tocavam as caixas da bateria da Grande Rio não foram precisos. — Foto: Reprodução site Liesa
A palavra ‘flam’ utilizada na justificativa significa que faltou sincronia na bateria, ou seja, quando sai uma batida a mais do que deveria.
Já a jurada Geiza Carvalho, que também deu 9,9 para a bateria da escola de Duque de Caxias, entendeu que ‘não houve projeção sonora do instrumento’ no módulo 4. Os instrumentos analisados, nesse caso, foram os curimbós.
“Mestre Fafá, os curimbós soaram baixíssimos na apresentação da bateria no módulo 4. É importante adequar melhor os instrumentos inseridos no arranjo para que a perfeita execução das eventuais bossas e paradinhas possam ser executadas. Não houve projeção sonora do instrumento em questão, por isso foi descontado em 0,1”, justificou.
Camarotes multados
A liga informou também que quatro camarotes foram multados porque o som ultrapassou o volume permitido durante os desfiles. São eles: Arpoador, Nº1, Allegria e Nosso Camarote.
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