Suspensão é ‘injusta’, mas evitou mal maior, diz Sinner

ROMA, 5 ABR (ANSA) – O tenista italiano Jannik Sinner, líder do ranking mundial há mais de 40 semanas, disse que a suspensão de três meses em um caso de doping é “injusta” e que ele não tem acompanhado o esporte desde que ficou fora de ação.   

Sinner testou positivo duas vezes para o anabolizante clostebol em 2024, mas foi poupado de um gancho após ter comprovado que absorveu a substância acidentalmente, através de um creme usado por um de seus massagistas para tratar um machucado nas mãos.   

A Agência Mundial Antidoping (Wada) recorreu ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) em busca de uma punição mais longa para o italiano, mas ambos anunciaram um acordo em fevereiro para que o líder do ranking cumprisse apenas três meses de suspensão.   

“Não há a menor dúvida sobre a verdade”, afirmou Sinner em entrevista à emissora Sky, ao reiterar sua inocência. Segundo o tenista, a negociação com a Wada foi “muito rápida”, ainda que ele não estivesse de acordo no primeiro momento.   

“No fim das contas, tivemos de escolher o mal menor, ainda que aquilo pelo que eu estou passando seja um pouco injusto. Mas poderia ser ainda pior, com uma injustiça ainda maior”, acrescentou.   

Sinner contou que se sentiu muito mal após a suspensão, situação agravada por outros problemas que ele não quis revelar.   

“Aconteceram coisas que eu não esperava. Tive de me esforçar para me reencontrar, ocorreram outras coisas difíceis fora da suspensão, mas estou aqui e não vejo a hora de voltar”, declarou.   

De acordo com o italiano, ele não viu “quase nada de tênis nos últimos meses”, período em que seus principais perseguidores, Alexander Zverev (2º) e Carlos Alcaraz (3º), falharam na tentativa de se aproximar da liderança do ranking mundial – Sinner ainda tem quase 2,7 mil pontos de vantagem sobre o alemão e 3,6 mil sobre o espanhol.   

“Não sei o que aconteceu com Alcaraz e Zverev nesses meses, mas agora começa a temporada de saibro, e Carlos é favorito.   

Sasha também é forte”, disse. (ANSA).   

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