LIPARI, 14 ABR (ANSA) – A partir de maio, o Museu Arqueológico Luigi Bernabò Brea em Lipari, na Sicília, sul da Itália, passa a se dedicar ainda mais à inclusão graças a uma série de inovações tecnológicas que visam derrubar as barreiras físicas e cognitivas.
A instituição, que faz parte do Parque Arqueológico das Ilhas Eólicas da Região da Sicília, trará 35 obras táteis, idênticas aos originais e fabricadas em poliácido láctico (PLA), que poderão ser tocadas por pessoas com deficiência visual.
O acervo é composto por máscaras da tragédia antiga (como Páris e Filoctetes, do século 4 a.C) e da comédia nova (como Hetera, do século 3 a.C.), assim como estátuas cômicas (como Sátiro, com sua barriga inchada e uma alusão fálica, típica da sátira do século 4 a.C.), vasos de culturas pré-históricas e uma cratera ática de figuras vermelhas do século 5 a.C.
Além disso, a proposta também prevê vídeos na língua dos sinais, narrativas temáticas e dois carrinhos elétricos para visitantes com mobilidade reduzida.
“Nosso museu está localizado em um penhasco alto e o acesso já é difícil. Estamos felizes que agora esteja mais acessível”, disse à ANSA Maria Clara Martinelli, arqueóloga do Parque das Ilhas Eólicas.
No dia 3 de maio, o museu ofertará uma experiência teatral única: no teatro de pedra de Lipari, o público poderá assistir a representação de “Prometeu Acorrentado” da mesma forma em que era apresentada na antiguidade. Os atores usarão máscaras reproduzidas com perfeição a partir de achados arqueológicos originais, miniaturas de objetos funerários de Lipari, que estão expostos no museu.
Sem o uso de microfones, a peça será recitada ao modo do teatro clássico. Mas as máscaras, ao serem confeccionadas com relevo 3D e ampliadas para o tamanho humano, permitirão a amplificação das vozes dos atores. (ANSA).