O ministro da Justiça espanhol prestou depoimento por mais de duas horas nesta quarta-feira (16) perante o juiz que investiga a esposa do presidente do Governo, Pedro Sánchez, por corrupção e tráfico de influência, um caso que tem sido profundamente incômodo para o líder socialista.
Félix Bolaños, também ministro da Presidência, respondeu às perguntas do juiz Juan Carlos Peinado durante duas horas e vinte minutos, segundo fontes judiciais.
Para o interrogatório, o juiz compareceu ao Palácio da Moncloa, sede da Presidência do Governo e gabinete de Bolaños, a pedido do ministro, um dos colaboradores mais próximos de Sánchez.
O próprio Sánchez foi chamado a depor sobre este assunto em julho passado, também no Palácio da Moncloa, mas invocou seu direito de não depor contra sua esposa.
O juiz queria interrogar Bolaños sobre as condições da contratação, por parte da Presidência do Governo, de uma assistente para Begoña Gómez, esposa de Sánchez.
O juiz busca determinar se a contratação de Cristina Álvarez pode constituir desvio de fundos públicos.
Segundo fontes judiciais, o ministro garantiu ao juiz que não conhecia Álvarez antes de sua contratação, não participou de sua nomeação e nunca foi seu superior imediato.
Bolaños lembrou que o cargo de assistente da esposa dos presidentes de Governo sempre existiu, com a diferença de que Gómez tem apenas uma, observaram as fontes.
A investigação, aberta em abril de 2024, busca determinar se Gómez se aproveitou da posição do marido em suas relações profissionais, principalmente para obter uma codireção de mestrado na Universidade Complutense de Madri.
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