Cientistas afirmam ter descoberto uma nova cor durante um estudo no qual eles controlaram a atividade fotorreceptora do olho humano célula por célula. Batizada de “olo”, a nova cor é um azul esverdeado com alta saturação, mas é impossível de ser vista a olho nu.
O estudo, publicado na revista Science Advances neste mês, apresentou um novo princípio para a exibição de cores, nomeado de Oz, no qual as células da retina responsáveis por converter a luz em sinais elétricos que o cérebro interpreta como visão são estimuladas uma por uma através de lasers. No experimento, os cientistas direcionaram a luz apenas para um dos tipos de células (as de cone M), sem estimular as demais (as de cone L e S), algo que nunca ocorreria em condições normais, quando os três tipos de céulas são estimulados pela luz ao mesmo tempo.
Dessa maneira, é possível observar cores inéditas, fora da escala limitada observável pela visão natural.
A nova cor observada pelos participantes deste estudo foi descrita como “azul-petróleo”, “verde”, “azul-esverdeado” e “verde, um pouco azul”. Todos eles destacaram que a saturação da cor observada durante o experimento é muito maior do que a saturação vista nas cores observáveis a olho nu.
Em entrevista à BBC, o professor Ren Ng, da Universidade da Califórnia – que é um dos autores do estudo e também um dos cinco indivíduos que pôde ver a cor – descreveu desta maneira: “Digamos que você passe a vida inteira vendo apenas rosa, rosa bebê, um rosa pastel. E então um dia você vai trabalhar e alguém está usando uma camisa com o rosa bebê mais intenso que você já viu, e eles dizem que é uma cor nova e nós a chamamos de vermelho.”
Embora seja impossível reproduzir a “olo” de maneira visível, participantes dizem que a cor vista na imagem abaixo é a que mais se aproximaria daquela observada durante o experimento.

Cor dos olhos interfere na visão? Entenda se há relação
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