VATICANO, 26 ABR (ANSA) – Os primeiros fiéis e religiosos que foram ao Vaticano para se despedir do papa Francisco na Missa de Exéquias, que acontece neste sábado (26), já começaram a acessar a Praça São Pedro.
Depois de passarem pelos controles de segurança nas entradas, muitas pessoas correram para chegar às primeiras filas e assentos, que são em número limitado, para acompanhar o funeral do pontífice, que morreu no último dia 21 de abril, aos 88 anos.
Um grupo de jovens salesianos diz estar na praça “desde meia-noite” (horário local). Um homem vestido com roupas tradicionais albanesas agita uma bandeira de seu país: “Estou na fila desde as 19h de ontem”, diz ele, que está junto com dom Antonio, coordenador nacional da pastoral dos católicos albaneses na Itália, e outro compatriota.
“Obrigado, Santo Padre, pela canonização de Madre Teresa, sua visita ao nosso país, a beatificação de nossos mártires”, diz o cartaz que eles seguram no meio da multidão.
Alguns, no entanto, usam o uniforme de sua irmandade, como Lorenz e Luca, que dirigiram 16 horas da Alemanha para chegar a Roma e comparecer ao funeral do Papa.
A cerimônia fúnebre terá início neste sábado (26), às 5h (horário de Brasília), e será celebrada pelo cardeal italiano Giovanni Battista Re. O rito marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao argentino.
A expectativa é de que mais de 160 delegações estrangeiras, incluindo dezenas de chefes de Estado, além de 200 mil fiéis participem da despedida do líder da Igreja Católica.
Após a cerimônia, um cortejo fúnebre de cerca de seis quilômetros levará o corpo de Francisco pelas ruas do centro histórico de Roma até a Basílica de Santa Maria Maggiore, local do sepultamento, que será realizado de forma privada.
Jorge Bergoglio fará sua última “viagem” terrena a bordo de um papamóvel, cujo assoalho do veículo que ele havia usado em uma viagem ao Oriente foi reformado. A solução foi ter um veículo aberto para permitir que todos vissem o caixão passar pelas ruas de Roma. (ANSA).