A Polícia Federal iniciou a perícia de celulares e equipamentos eletrônicos apreendidos na Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril, que apura um suposto esquema de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A Direção-Geral e a Diretoria Técnico-Científica da Polícia solicitaram aos peritos prioridade nas análises do equipamentos. As apurações foram descentralizadas nos Estados, o que significa que cada equipe vai conduzir a própria verificação, segundo o G1.
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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou durante entrevista coletiva no dia 24 de abril que foram abertos 12 inquéritos para apurar o suposto esquema de fraudes. A perícia dos celulares do inquérito principal será feita pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília (DF).
As informações que devem ser extraídas dos equipamentos podem auxiliar na continuidade das investigações, e esclarecer quem foram os operadores financeiros e as pessoas físicas e jurídicas destinatárias dos valores desviados — que estima-se chegar ao montante de R$ 6,3 bilhões.
Entenda o caso
A Polícia Federal, em parceira com a CGU (Controladoria-Geral da União), deflagrou a operação para apurar descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.
Sem autorização, entidades voltadas e esses públicos cobravam mensalidades. Essas associações ofereciam serviços como descontos em academias e planos de saúde, sem terem estrutura para isso. Os desvios, segundo as investigações, ocorreram entre 2019 e 2024.
Devido às suspeitas de fraudes, seis servidores públicos foram afastados de seus cargos na autarquia. Dentre eles, está o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que acabou sendo demitido em seguida, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).