A federação partidária formada pelo Progressistas e pelo União Brasil passará a ser a maior bancada da Câmara dos Deputados e uma das maiores no Senado.
A aliança entre as duas siglas, intitulada União Progressista (UP), foi oficialmente anunciada nesta terça-feira (29).
Juntos, os dois partidos somam 109 deputados e 14 senadores. A nova configuração deve impactar o equilíbrio das forças no Congresso. No Senado, a federação terá o mesmo número de integrantes que o PL e o PSD.
Dessa forma, após a oficialização do registro da federação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o desenho das bancadas nas duas Casas fica da seguinte maneira:
Câmara
- Federação União Progressista: 109 deputados
- PL: 91 deputados
- Federação PT-PCdoB-PV: 80 deputados
- MDB: 44 deputados
- PSD: 44 deputados
- Republicanos: 44 deputados
- Federação PSDB-Cidadania: 17 deputados
- PDT: 17 deputados
- Podemos: 15 deputados
- PSB: 15 deputados
- Federação PSOL-Rede: 14 deputados
- Avante: 8 deputados
- PRD: 5 deputados
- Novo: 5 deputados
- Solidariedade: 5 deputados
Senado:
- PSD: 14 senadores
- PL: 14 senadores
- Federação União Progressista: 14 senadores
- MDB: 11 senadores
- PT: 9 senadores
- Podemos: 4 senadores
- PSB: 4 senadores
- Republicanos: 4 senadores
- PDT: 3 senadores
- PSDB: 3 senadores
- Novo: 1 senador
Eleições
A criação da nova federação deve pesar no cenário político ao nível municipal, estadual e nacional, em especial durante o período eleitoral no próximo ano. Um dos desafios do grupo formado é garantir a unidade da bancada. A federação foi negociada durante meses.
Do lado do União, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, já anunciou sua pré-candidatura à presidência da República. Do lado do PP, uma das apostas é o nome da senadora Tereza Cristina (MS).
Pela negociação, os presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, e do PP, senador Ciro Nogueira (PI), vão dividir a liderança da federação entre os dois partidos até dezembro deste ano. Em janeiro de 2026, um novo presidente deve ser escolhido para liderar o grupo.
Segundo Rueda, a decisão por uma gestão compartilhada entre ele e Ciro Nogueira foi tomada porque os integrantes de ambos os partidos entenderam que a medida trará “mais harmonia” para a federação neste momento. Apesar disso, outros nomes estavam cotados para assumir a presidência compartilhada do grupo, como o de Arthur Lira.
As federações partidárias funcionam como uma única agremiação. Elas podem apoiar qualquer candidato e devem permanecer no mesmo bloco por pelo menos quatro anos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Com desafio de unidade, federação União-PP será maior bancada Câmara no site CNN Brasil.