Um estado em que a federação União-PP deve ter fortes emoções

Passado o anúncio, com toda pompa, da federação entre União Brasil e PP, integrantes dos dois partidos têm apostado no Paraná como um dos principais focos de encrencas internas na composição entre esses dois pilares do Centrão.

Isso porque o arranjo colocou no mesmo barco Sergio Moro e Ricardo Barros, senador e deputado que ostentam um passado recente de atritos — e um futuro muito promissor por mais caneladas. Enquanto Moro tem tentado articular uma candidatura a governador, Barros tem feito o mesmo com sua mulher, a ex-governadora Cida Borghetti.

A direção nacional da federação é quem vai decidir quem vai comandar sua filial paranaense.

Um integrante do partido de Sergio Moro lembra que quando ele estava com o mandato a perigo, no começo de 2024, Ricardo Barros foi um dos que disse abertamente cobiçar a cadeira dele no Senado. “Havendo a cassação do senador Sergio Moro, eu vou concorrer ao Senado”, disse em entrevista à CNN.

Voltando mais na linha do tempo, em 2022, o deputado tentou no STF afastar um delegado que o investigava. E qual foi sua alegação? O policial seria parcial porque, entre outros pontos, teria relações com Moro, com quem Barros apontou ter animosidades e a quem criticou por atuar politicamente na Lava Jato.

Por falar em Lava Jato, Barros é réu em uma ação penal na Justiça Eleitoral derivada da operação que teve em Moro um ícone. A ação apura supostos pagamentos de cerca de R$ 5 milhões a Barros por intermediar a venda de uma fatia do Grupo Galvão em uma empresa de energia à Copel, estatal de energia do Paraná, entre 2011 e 2013.

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