Game sobre quem vai ser próximo papa faz sucesso na Itália

SÃO PAULO, 2 MAI (ANSA) – Mais de 60 mil de pessoas na Itália têm utilizado o Fantapapa, um jogo online inspirado nas ligas de fantasia de esportes, para prever quem será o próximo papa – ou ao menos, para se divertir com a adivinhação.   

Citado pela Euronews, um dos criadores da plataforma, Pietro Pace, contou que se inspirou no Fantacalcio, jogo de futebol de fantasia, e no FantaSanremo, voltado à competição musical, para formatar o Fantapapa.   

“Tentamos aplicar a mesma lógica ao conclave na sua essência”, explicou Pace.   

Seguindo a lógica de um time de futebol, os usuários devem escolher 11 cardeais que consideram ser os mais “papáveis” para a sucessão de Francisco. Dentre eles, devem selecionar aquele que será o “capitão”, ou seja, o que acreditam ser o favorito para a fumaça branca, além de um “goleiro”, o menos provável.   

Os jogadores ganham pontos se um membro da equipe for mencionado de forma destacada na mídia italiana ou internacional. Outros pontos são atribuídos em caso de acerto do novo papa.   

Mauro Vanetti, que desenvolveu a plataforma com Pace, afirmou ao Euronews que o objetivo “dos criadores do jogo era explorar o sentimento popular, respeitando simultaneamente a solenidade do assunto”.   

O Fantapapa é gratuito, sem anúncios e foi lançado logo após o falecimento de Jorge Bergoglio, no último 21 de abril, ainda que seus criadores tenham começado a trabalhar no aplicativo em fevereiro, quando o Papa estava internado em Roma.   

Nesta semana, o Fantapapa chegou a 60 mil usuários, que têm escolhido o cardeal Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e chefe da Conferência Episcopal Italiana, além do cardeal filipino Luis Antonio Tagle como as principais apostas para suceder Francisco.   

O Vaticano não reconhece o jogo e nem qualquer outro tipo de aposta sobre o conclave, cujo início foi anunciado pela Santa Sé para 7 de maio.   

O próximo conclave reunirá 135 cardeais, com menos de 80 anos, na Capela Sistina, embora o número máximo de eleitores é estabelecido em 120 – mas, como no passado, podem ser concedidas exceções.   

Do total, 59 são da Europa (incluindo 19 da Itália); 37, das Américas (incluindo 16 da América do Norte, 4 da América Central e 17 da América do Sul); 20, da Ásia; 16, da África; e 3, da Oceania.   

Entre eles estão sete cardeais provenientes do Brasil, terceiro país com mais religiosos participantes, atrás apenas da Itália e dos Estados Unidos. (ANSA).   

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