
O Globo Repórter desta sexta-feira (2) desvendou as belezas dessa região na Bahia. Pantanal dos Marimbus: conheça local considerado ‘tesouro’ para comunidade de Remanso
O Globo Repórter desta sexta-feira (2) desvendou as belezas da Chapada Diamantina, na Bahia. Essa região abriga um Pantanal único, conhecido como o Pantanal dos Marimbus, considerado um tesouro para a comunidade quilombola de Remanso, que se beneficia do turismo consciente.
Delvan Dias é líder na comunidade e sabe a importância da natureza preservada.
“O Marimbus é a nossa vida né? Sem terra e sem água não existe quilombo. Além de nos gerar a vida, nos gera também o sustento”, afirma Delvan.
Turismo sustentável
homens do quilombo levam os visitantes para conhecer maravilha natural remando
Reprodução/TV Globo
Para evitar a poluição no Pantanal, os barcos a motor são proibidos. Os homens do quilombo levam os visitantes para conhecer essa maravilha natural remando (veja na foto abaixo).
A água brilhante
As águas do Pantanal baiano às vezes brilham como estrelas no céu , e muita vida depende desse ecossistema.
O Pantanal dos Marimbus é formado pela união de vários rios baianos e alimenta insetos, répteis, peixes, mamíferos e aves, que participam desta farta cadeia alimentar.
Pantanal dos Marimbus
Reprodução/TV Globo
Riqueza Natural
Adriana Caribé Marques escolheu a Escola Municipal de Remanso para lecionar. Como bióloga se impressiona diariamente com a riqueza natural do Pantanal .
“O que mais me seduz são as aves, a quantidade de aves. Na realidade da fauna, é o que pode avistar com mais facilidade. Dificilmente você vai ver anfíbios, répteis, mamíferos porque eles estão sempre escondidos, né? Mas as aves estão mais presentes. Se a gente ficar em silêncio, aí você vai vai ouvir”, explica Adriana.
Ela utiliza a pedagogia griô, inspirada nos valores ancestrais dos alunos, na própria identidade quilombola e nos ensinamentos da natureza. Ela criou o jogo da memória das aves da região, que os alunos adoram.
“Consegui uma verba particular e fiz com umas imagens maravilhosas de uma artista amiga minha, Birgitte Tümmler, que fez à mão as imagens das aves”, conta Adriana.
Delvan Dias de Souza enfatiza que o ensino propõe um diálogo.
“O estudante não é que ele não vá aprender o saber universal da área de ciências, mas ele parte do saber dele, ele parte de si para o conhecimento externo. Então esse entendimento faz com que eles se valorizem. Enquanto negro, enquanto quilombola, enquanto pessoa que vive aqui”, afirma Delvan.
Professora criou o jogo da memória das aves da região para ensinar a crianças e jovens
Reprodução/TV Globo
Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo:
Edição de 02//05/2025
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