Exclusivo: volta de Schroder à Globo vira gatilho para ex-globais

A volta de Carlos Henrique Schroder à Globo movimentou não apenas os bastidores da emissora, mas também acendeu um alerta emocional — e profissional — em muitos ex-colaboradores que atuaram sob sua liderança. Com trânsito respeitado no alto escalão e entre as equipes técnicas e artísticas, Schroder retorna à emissora após um período de quase quatro anos fora da casa, agora com a missão de atuar como conselheiro estratégico da diretoria de Entretenimento da Globo, comandada por Amauri Soares.

Ex-diretor geral da Globo e posteriormente CEO da Globo, Schroder construiu uma carreira sólida dentro da emissora, iniciada nos anos 1980. Após sua saída em 2021, o cargo de diretor de Criação e Produção de Conteúdo, que ele ocupava, foi extinto como parte da reestruturação “Uma Só Globo”. No âmbito do Entretenimento, Ricardo Waddington assumiu a liderança em dezembro de 2020. Em março de 2023, Amauri Soares, que já ocupava o cargo de diretor-geral da TV Globo, assumiu também a direção de Entretenimento, acumulando as funções após a saída de Waddington.

Conhecido pelo olhar atento à excelência de conteúdo, pela gestão próxima das equipes e pela habilidade de navegar entre jornalismo, dramaturgia e entretenimento, Schroder deixou sua marca como um dos executivos mais influentes da história recente da televisão brasileira. Agora, o seu retorno ocorre em um momento de grandes transformações no mercado audiovisual e na própria Globo, que vem apostando cada vez mais em inovação, tecnologia e integração entre as diversas plataformas.

A decisão de reintegrar Schroder ao time, desta vez em caráter consultivo, é interpretada por muitos como um acerto da gestão atual. Amauri Soares, Número 1 dos Estúdios Globo, tem sido um nome fundamental no processo de modernização da emissora, promovendo a migração para o digital, o fortalecimento do Globoplay e a reestruturação dos fluxos de produção. Unir a visão estratégica e de futuro de Amauri à bagagem de Schroder — com sua escuta atenta ao mercado e ao público — me parece um movimento inteligente da Globo. Afinal, a emissora sempre foi reconhecida por ouvir seu público, fazer pesquisas de opinião e, sobretudo, respeitar sua própria trajetória. Talvez esteja aí um dos grandes segredos de sua relevância contínua não apenas no Brasil como no mundo.

Mas o ponto mais curioso dessa história está fora da agenda oficial. Desde o anúncio de seu retorno, o celular de Schroder não tem tido descanso. A coluna descobriu que o executivo tem recebido uma enxurrada de mensagens — algumas em forma de desabafo, outras com pedidos emocionados de oportunidades, testes, retornos ou reconexão com a casa onde muitos viveram fases marcantes da carreira.

Segundo minha fonte, há relatos de mensagens longas – o famoso “textão”, ligações não atendidas e até tentativas insistentes de contato de alguns ex-contratados. De atores a jornalistas, passando por produtores e diretores, muitos profissionais interpretaram a volta de Schroder como uma janela de esperança para reconquistar o trabalho na emissora. Devido ao grande volume de mensagens, soube que muitas foram apenas visualizadas com reações breves — como emojis ou sinalizações curtas — e outras sequer indicam que chegaram a ser abertas.

De forma bem-humorada, minha fonte comentou: “Do jeito que tá indo, o Schroder vai ter que colocar no avatar do WhatsApp a imagem com um aviso: ‘Acalmem-se, a Globo não consegue recontratar todo mundo’”. A frase, apesar do tom de brincadeira, reflete com precisão o clima de expectativa que tomou conta de parte de alguns ex-contratados do canal carioca.

É compreensível — e até digno — que tantos profissionais busquem uma reaproximação com a emissora em que viveram grandes momentos. Em um mercado em constante mudança, onde oportunidades nem sempre são proporcionais ao talento, é natural que a esperança renasça diante da volta de alguém que, no passado, abriu portas para tantos.

Na minha leitura, a volta de Schroder representa uma conexão inteligente entre passado, presente e futuro. Reconhecer o que funcionou é essencial, mas saber seguir adiante com os olhos voltados para as novas linguagens e modelos de negócio é o que garantirá a sustentabilidade da TV nos próximos anos. E é justamente nesse equilíbrio que a Globo parece apostar mais uma vez. Fico na torcida por quem busca essa chance de retorno à emissora, assim como também torço para que novos talentos possam brilhar nesta fase de renovação e transformação que todo o Grupo Globo está vivendo.

Convite especial

Na semana passada, tive a alegria de participar ao vivo do SuperPop, comandado por Luciana Gimenez na RedeTV!. Equipe incrível — dos produtores ao diretor — e, claro, a simpatia e elegância de Luciana, que está há mais de duas décadas à frente do tradicional programa noturno.

Luciana Gimenez prestes a quebrar recorde de Hebe

Em dezembro deste ano, Gimenez completa 24 anos no comando do Superpop, na RedeTV!. Levantei alguns dados e descobri que com essa marca a apresentadora iguala o tempo que Hebe Camargo esteve à frente de sua atração nas noites do SBT. A partir de janeiro de 2026, Luciana se tornará a apresentadora com mais tempo no ar em um mesmo programa noturno em toda a história da televisão brasileira. Interessante!

Rainhas do pop, gigantes na economia

Os shows de Madonna, em maio do ano passado, e Lady Gaga, no último fim de semana, em Copacabana, geraram juntos mais de R$ 900 milhões para a economia do Rio, segundo dados do Governo do Estado. Madonna atraiu 1,6 milhão de pessoas e movimentou cerca de R$ 300 milhões. Já Gaga levou 2,1 milhões de fãs à praia e impactou em R$ 600 milhões, com 500 mil turistas lotando hotéis, bares e comércios da cidade. Dado importante!

Até amanhã.

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