Espanha suspende confinamento para 150 mil pessoas por nuvem tóxica de cloro

As autoridades suspenderam o confinamento de quase sete horas para 150.000 pessoas em cinco municípios da região espanhola da Catalunha ao meio-dia deste sábado (10) devido a uma nuvem tóxica de cloro causada por um incêndio em um depósito industrial.

“O confinamento está suspenso”, anunciou a ministra do Interior da Catalunha, Núria Parlon, em uma coletiva de imprensa pouco depois das 12h15, hora local (07h15 em Brasília).

No entanto, como algumas partículas tóxicas ainda podem permanecer no ar, Parlon pediu que pessoas vulneráveis, incluindo crianças e atletas, fiquem em casa como precaução.

Moradores dessas cidades costeiras a oeste de Barcelona receberam uma mensagem na manhã deste sábado ordenando que permanecessem em suas casas com as janelas e portas fechadas, enquanto estradas e estações de trem foram fechadas para impedir deslocamentos à região.

Os bombeiros também pediram que a população permaneça alerta, pois dependendo dos ventos e do movimento da nuvem tóxica, que ainda não se dissipou totalmente, eles podem determinar novos confinamentos em pequenas áreas.

As chamas começaram na madrugada deste sábado no depósito industrial de produtos para piscinas no município de Vilanova i la Geltrú, um dos mais afetados.

A água usada pelos bombeiros para extinguir o incêndio produziu uma reação química com o cloro, que foi o que liberou a nuvem tóxica, explicou o prefeito de Vilanova, Juan Luis Ruiz López.

“A situação está sob controle e não houve nenhuma perda de vida (…)”, disse o presidente regional da Catalunha, Salvador Illa, à televisão pública TVE.

Illa especificou que 150.000 pessoas ficaram confinadas por horas.

Os bombeiros conseguiram conter o incêndio na manhã deste sábado e começaram a monitorar “a coluna gerada pelo fogo para rastrear seu progresso e níveis de toxicidade”.

“O cloro é muito difícil de pegar fogo, mas uma vez que queima, é muito difícil de apagar”, disse o proprietário do galpão industrial, Jorge Viñuales Alonso, à rádio catalã Rac1, onde indicou que a causa pode ter sido a deflagração de uma bateria de lítio.

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