Chanceler de Israel diz que reconhecimento de Estado palestino implicaria ‘ações unilaterais’

O reconhecimento unilateral de um Estado palestino exigiria que Israel tomasse “medidas unilaterais”, alertou o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Sa’ar, neste domingo (11), referindo-se às discussões em andamento sobre essa possibilidade.

“Qualquer tentativa unilateral (de reconhecimento) (…) só prejudicará as perspectivas futuras de um processo bilateral e nos levará a tomar medidas unilaterais em resposta”, disse Saar após uma reunião com seu homólogo alemão, Johann Wadephul, em Jerusalém.

A Alemanha defende o princípio de uma solução de dois Estados com reconhecimento bilateral dos Estados israelense e palestino.

“A perspectiva de uma solução de dois Estados é a melhor oportunidade para israelenses e palestinos viverem em paz, segurança e dignidade, e não deve ser prejudicada nem pela construção contínua de assentamentos ilegais nem pelo reconhecimento prematuro de um Estado palestino”, disse Wadephul.

Quase 150 países reconhecem o Estado palestino. Em maio de 2024, Irlanda, Noruega e Espanha deram esse passo, seguidas pela Eslovênia em junho.

O presidente francês, Emmanuel Macron, copresidirá uma conferência internacional na sede da ONU em Nova York em junho, juntamente com a Arábia Saudita, que ele espera que ajude a relançar a solução de dois Estados.

Macron declarou em abril que espera que esta reunião sirva para promover “o reconhecimento mútuo entre várias partes”, argumentando que esta abordagem pode permitir que “todos aqueles que defendem a Palestina reconheçam Israel por sua vez”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeita a solução de dois Estados, uma visão compartilhada por muitos membros de sua coalizão, um dos governos mais extremistas de direita da história de Israel.

vid-phy-crb/an/pb/an/mb/aa

Adicionar aos favoritos o Link permanente.