Uma pesquisa promovida pela Quaest e divulgada na última quarta-feira, 7, apontou que o escândalo do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) impulsionou um grande volume de mensagens em grupos públicos de internet, ultrapassando temas como a suposta taxação do Pix.
Com metodologia de escuta social, o estudo analisou diversos grupos abertos de mensagens em plataformas de WhatsApp, Telegram e Discord. As observações indicaram que o caso do INSS gerou um volume de menções 2,6 vezes maior do que a polêmica relativa ao Pix.
Além disso, o vídeo sobre o INSS publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL) em 6 de maio de 2025 teve um impacto significativamente maior nestes grupos do que o vídeo sobre o Pix, divulgado em 14 de janeiro do mesmo ano.
A evolução das mensagens nas comunidades apontam três momentos de pico: primeiro ocorreu logo no primeiro dia da deflagração da operação, dia 23 de abril. O segundo ocorre no dia de divulgação do relatório da PF, em 29 do mesmo mês, e o terceiro acontece entre 6 e 7 de maio, mobilizados pela publicação do vídeo do deputado Nikolas Ferreira.
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A trama do INSS envolve um suposto esquema de fraudes e descontos indevidos, que prejudicou aposentados e pensionistas. Já a situação do Pix surgiu a partir do anúncio do governo federal de que começaria a fiscalizar operações na plataforma, gerando fake news sobre uma suposta taxação das transferências.
Escândalo do INSS substituiu discussões sobre saúde de Bolsonaro e anistia
Além de superar as menções sobre a polêmica do Pix, o escândalo do INSS substituiu outros temas de relevância nacional, como o atual quadro de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A pauta da anistia aos presos das invasões do 8 de janeiro, por sua vez, foi pouco citada nos grupos de mensagens durante os últimos dias, dando lugar à menções ao INSS.