Ancelotti chega para recolocar a seleção brasileira no topo do futebol mundial

Há anos, o futebol brasileiro está defasado em relação ao jogo praticado na Europa. De 2006 a 2018, somente seleções do Velho Continente foram campeãs mundiais, uma hegemonia inédita nas Copas. A chegada de Carlo Ancelotti pode ajudar a reduzir o abismo existente. Faltam jogadores? Não produzimos mais atletas como antes? A resposta para as duas perguntas é “sim”, mas é o que se pode fazer no momento para tentar recuperar o prestígio do esporte nacional. 

Caso a seleção não conquiste o Mundial de 2026, será a maior fila já enfrentada pela camisa amarela na história. Até o primeiro título em 1958, foram cinco Copas perdidas: 1930, 1934, 1938, 1950 e 1954, assim como entre o tri, em 1970, e o tetra, em 1994. Ou seja, o Brasil nunca esteve em situação tão delicada. 

Carlo Ancelotti tem todas as credenciais para colocar o futebol nacional na rota dos bons resultados. Como meu colega Mauro Beting nos lembra, o treinador é o mais vencedor do continente europeu desde 1956. Ele chega ao comando faltando um pouco mais de um ano para a Copa, que será disputada nos Estados Unidos, no México e no Canadá. 

No retrospecto dos outros treinadores campeões com a seleção, esse curto período de tempo não é problema. Zagallo, por exemplo, assumiu o cargo faltando 78 dias para a estreia na Copa de 1970 e o resultado foi a conquista do tricampeonato. Já Felipão foi chamado para o selecionado em junho de 2001 e a caminhada rumo ao penta começou um ano depois. Ou seja, existe espaço para sonhar com o hexa. 

A grosso modo Ancelotti não será o primeiro estrangeiro a comandar a seleção, mas não tem como comparar esse início de trabalho com os anteriores, que foram breves e com pouca expressão. 

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O uruguaio Ramón Platero esteve na vaga por dezenove dias durante o Sul-Americano de 1925, uma competição oficial. Em 1944, o português Joreca esteve ao lado do brasileiro Flávio Costa por três dias, em amistosos contra o Uruguai. Já em 1965, o Palmeiras foi escolhido para representar o Brasil em um amistoso contra o Uruguai, na inauguração do Mineirão, em Belo Horizonte. Quem treinava os paulistas era o argentino Filpo Nunes. Ancelotti tem tudo para ser o primeiro estrangeiro a comandar a seleção pentacampeã na Copa e, quem sabe, conquistar o título.

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