
O presidente da Argentina, Javier Milei, vai reduzir a tarifa de importação de celulares de 16% para 8%. A medida não deve ficar restrita apenas a celulares, mas a diversos produtos eletrônicos. Ao contrário de Donald Trump, Milei vai na direção de menos protecionismo – o que está certo!
O protecionismo embute uma ideia falaciosa, na qual o país que aplica a tarifa contra o outro sai beneficiado. Na verdade, medidas protecionistas são um remédio que se voltam contra a própria nação, na medida em que elevam impostos para os consumidores, encarecendo produtos importados, forçando-os a consumir mais mercadorias nacionais, por vezes de pior qualidade.

Além disso, o protecionismo acomoda a indústria nacional, que a passa viver de proteção e subsídios do governo. Sem concorrência, essas empresas deixam de inovar e apresentam queda em sua produtividade. Outro ponto a considerar é que existe um mito de que a exportação é o que move a economia de um país. Na verdade, na maioria da nações do mundo, o principal motor do PIB é o consumo interno, seguido dos investimentos, depois gastos do governo e, por fim, as exportações líquidas. Essa equação vale inclusive para a China, grande exportadora.
Um país que não coloca barreiras protecionistas para importação pode perfeitamente importar máquinas e tecnologias para desenvolver a sua própria indústria. Em resumo, barreiras protecionistas prejudicam a população do seu próprio país e leva a uma queda da indústria a médio e longo prazo. Trump deveria prestar mais atenção nos exemplos de Milei.