Scarlett Johanson desabafa sobre objetificação no cinema: “Exploração”

Com quase 30 anos de carreira, Scarlett Johansson desabafou sobre como a indústria cinematográfica é cruel com mulheres e como, em boa parte de sua vida, se sentiu objetificada em Hollywood.

Em entrevista à Vanity Fair, a atriz relembrou que, logo após atuar em “Encontros e Desencontros”, grande parte dos papéis oferecidos a tratavam como um “objeto”. “Todos os papéis que me ofereceram durante anos foram ‘a namorada’, ‘a outra mulher’, um objeto sexual — e eu não conseguia sair desse ciclo“, revelou Johansson. “Parecia algo como: ‘Acho que essa é a minha identidade como atriz’. Não havia muito que eu pudesse fazer com isso.”

A atriz afirmou que, naquela época, nem mesmo seus agentes puderam ajudar a mudar os rumos dos papéis que chegavam até ela. “Eles só estavam reagindo à norma, até porque a indústria sempre funcionou desse jeito“.

Por ter crescido na frente das telas, Johansson também falou sobre como foi lidar com as mudanças na frente das câmeras e o quanto isso influenciou sua saúde mental.

“Você assume sua sexualidade e seus desejos como parte do seu crescimento. Você está apenas usando as roupas que gosta e se expressando, e de repente pensa: ‘Espera aí, isso não está certo!’ […] Não queria dizer explorada por acho que é algo pesado. Mas acho que realmente era uma espécie de exploração“.

A intérprete da Viúva Negra, uma das heroínas mais famosas da Marvel, citou Millie Bobby Brown como um exemplo de como lidar com esse tipo de objetificação, relembrando o vídeo a qual a atriz publicou nomeando jornalistas que frequentemente a atacavam.

“As pessoas ficavam descrevendo meu corpo. Ficavam olhando para os meus lábios o tempo todo!”, desabafou. “Ela [Millie] têm apenas 21 anos e esses jornalistas continuam fazendo isso. Eles não podem mais agir assim!

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Scarlett Johanson desabafa sobre objetificação no cinema: “Exploração” no site CNN Brasil.

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