Nascimento no Brasil registra menor número desde 1977, aponta IBGE

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O número de registros de nascimentos no país em 2023 segue em trajetória de queda desde 2018. Há dois anos, os cartórios fizeram 2.520 milhões de registros de recém-nascidos vivos, contra 2,895 milhões em 2018.

Os números de 2023 são os menores desde 1977, quando foram registrados 2,566 milhões de  brasileiros ao nascer. Em relação a 2022, a queda foi de 0,7%, e os estados de Rondônia, Amapá, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo se destacaram no recuo. Nove unidades da Federação tiveram taxas positivas.

Tocantins e Goiás ficaram com os maiores percentuais. As informações são da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE. O número de mortes no país, em 2023, chegou a 1,430 milhões — 5% menor do que no ano anterior. A maior proporção de óbitos ocorreu no grupo de idosos com 80 anos ou mais.

Já o número de recém-nascidos registrados meses depois, denominado subregistro, caiu 1,05% em 2023 ante 2022 e foi o menor dos últimos 8 anos. Estados do Norte e Nordeste lideram com os maiores percentuais de subregistros.

De acordo com José Eduardo de Oliveira Trindade, estatístico da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, a pesquisa aponta uma melhora dos indicadores no país:

“Estudar essa cobertura, ela nos permite buscar essa universalização do Registro Civil, que é um direito de todos os nascidos para o exercício pleno da cidadania, auxiliar na melhoria desses sistemas de estatísticas vitais, aperfeiçoar os indicadores demográficos, como as taxas de mortalidade infantil e, portanto, as políticas públicas podem ser formuladas de maneira mais eficiente”.

Ainda segundo o estudo, em 2023, 940,8 mil casamentos foram oficializados em cartório — um recuo de 3% em relação a 2022. Já o número de divórcios aumentou 4,9% em relação a 2022. Para a gerente da pesquisa, Clívia de Oliveira, os casamentos civis estão acompanhando as mudanças da sociedade:

“Não é mais uma exigência das famílias, da sociedade, que a pessoa seja casada no civil. A pessoa tem mais liberdade para decidir se quer casar, se quer uma união estável. Muitas vezes o casamento é acompanhado de despesas, então as pessoas às vezes não querem assumir essas despesas”.

Por outro lado, os casamentos entre pessoas do mesmo sexo continuam aumentando. Foram 11,2 mil em 2023 — recorde dos últimos dez anos, quando o Conselho Nacional de Justiça impediu que cartórios se recusassem a celebrar esse tipo de união.

Bebê em enfermaria de maternidade em Cabul, no Afeganistão

© REUTERS/Jorge Silva/direitos reservados

Geral Em queda desde 2018, registros de recém-nascidos recuaram 0,7% em 2023 Rio de Janeiro 16/05/2025 – 12:52 Rádio Nacional – Marizete Cardoso Cristiane Ribeiro – repórter da Rádio Nacional IBGE Registro Civil Nascimento sexta-feira, 16 Maio, 2025 – 12:52 3:21

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