O cantor austríaco JJ, 24, vencedor do Eurovision deste ano, defendeu em entrevista publicada nesta quinta-feira (22) que Israel seja excluído da edição de 2026 em Viena devido à guerra em Gaza.
O Eurovision, que enfatiza sua neutralidade política, enfrentou controvérsias novamente este ano ligadas ao conflito. Uma campanha militar israelense matou mais de 53.000 palestinos em Gaza, conforme as autoridades de saúde palestinas, desde o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses.
Grupos pró-Palestina haviam instado a União Europeia de Radiodifusão a excluir Israel do concurso de 2025, mas Yuval Raphael, de Israel, sobrevivente do ataque de 7 de outubro, emergiu como o vencedor da votação popular, terminando em segundo lugar geral, atrás de JJ.
“É muito decepcionante ver Israel ainda participando do concurso. Eu gostaria que o próximo Eurovision fosse realizado em Viena e sem Israel“, disse JJ, de 24 anos, citado pelo jornal espanhol El País.
A embaixada israelense em Madri não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
Com sua canção “Wasted Love”, o cantor lírico — cujo nome verdadeiro é Johannes Pietsch — venceu a votação do júri do Eurovision no concurso realizado em Basel, na Suíça.
Embora o El País não tenha mencionado a guerra na entrevista, os comentários de JJ coincidiram com o apelo do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez na segunda-feira (19) para a exclusão de Israel de eventos culturais como o Eurovision devido ao conflito em Gaza.
JJ também disse que o sistema de contagem de votos deveria ser revisado para melhorar a transparência.
Ele foi o terceiro vencedor austríaco do concurso, que se tornou a maior competição musical do mundo, assistida por mais de 160 milhões de pessoas em todo o planeta.
O participante de Israel, Raphael, estava no festival de música Nova perto da fronteira de Gaza durante o ataque do Hamas.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Vencedor do Eurovision pede exclusão de Israel do concurso: “Decepcionante” no site CNN Brasil.