Campinas confirma segundo caso de febre maculosa em 2024 e pede cuidados reforçados até novembro


Paciente é um homem, de 51 anos, que ficou doente em junho, mas foi curado. Em maio, metrópole registrou primeiro óbito pela doença neste ano. Placa alerta para risco de transmissão da febre maculosa em parque de Campinas (SP)
DENNY CESARE/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
A Prefeitura de Campinas (SP) confirmou, nesta quinta-feira (26), o segundo caso de febre maculosa em 2024. O paciente é um homem, de 51 anos, que ficou doente em junho, mas foi curado.
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Segundo a Secretaria de Saúde, o homem reside e foi infectado no Jardim Eulina. A área frequentada pelo paciente foi sinalizada para cuidados. Veja, abaixo, como se proteger da doença transmitida pelo carrapato-estrela.
Em maio, a metrópole registrou a primeira morte pela doença neste ano. A vítima era um homem, de 24 anos, que frequentou a lagoa do Parque Botânico Amador Aguiar, no Swiss Park.
Cuidados redobrados até novembro
Ainda de acordo com a Saúde, a população deve redobrar os cuidados para prevenir a febre maculosa pelo menos até novembro. Isso porque a baixa umidade relativa do ar, registrada desde maio, favorece as fases jovens do carrapato-estrela.
“A febre maculosa é uma doença grave, com alta letalidade, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. A infecção se dá pela picada do carrapato-estrela infectado com esta bactéria. Na fase jovem, ele pode parasitar qualquer animal, inclusive o ser humano, que frequenta áreas com vegetação, especialmente onde há cavalos, capivaras e outros animais silvestres”, explica, em nota, a administração.
🤔 Quais são os sintomas?
Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são:
febre;
dor de cabeça intensa;
náuseas e vômitos;
diarreia e dor abdominal;
dor muscular constante;
inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
gangrena nos dedos e orelhas;
paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando parada respiratória.
❌ Como evitar a doença?
O carrapato-estrela é encontrado naturalmente em gramados e matas, em especial nas áreas próximas a rios, lagos e lagoas. Se estiver contaminado, pode transmitir a bactéria que causa a febre maculosa;
Evite caminhar, sentar e deitar na grama e nos locais com acúmulo de folhas secas caídas. Os carrapatos se concentram em áreas de sombra;
Evite se aproximar de rios, lagos, lagoas e dos animais presentes no local;
Faça piquenique, comemoração, ensaio fotográfico e atividade física nas áreas pavimentadas;
Use roupas claras, observe o corpo e as roupas. Se algum carrapato chegar até você será mais fácil enxergar;
Use repelente com eficiência comprovada contra carrapatos. Passe na pele exposta, sapato e roupa;
Encontrou um carrapato aderido na pele? Retire com cuidado, sem esmagar, de preferência usando uma pinça e lave o local com água e sabão;
Em casa, tome banho quente e use bucha vegetal fazendo movimento circular. Se tiver algum carrapato na pele, a bucha ajuda a retirar;
Ao visitar áreas verdes e parques, respeite as orientações das placas de informação;
O carrapato de cachorro não é da mesma espécie do carrapato-estrela. Porém, se o seu pet frequenta área de risco, ele pode ser infestado pelo carrapato-estrela e levá-lo para casa.
Febre maculosa: entenda o que é e quais os sintomas da doença
Manejo de capivaras
A prefeitura iniciou nesta quinta a primeira etapa para castração de cerca de 200 capivaras que vivem em parques públicos da metrópole. A ação visa o combate da transmissão da febre maculosa por meio da redução de nascimentos dos filhotes.
Nesta fase inicial será feita a “ceva”, uma estratégia para a captura dos animais que consiste em atraí-los com alimentação controlada, em locais e horários específicos. Depois, a capivara será recolhida e levada para a esterilização.
Os primeiros animais que passarão pelo procedimento vivem no Parque Taquaral, no Lago do Café, no Parque Ecológico e no Parque das Águas.
O Departamento de proteção e bem-estar animal (DPBEA) afirma que ainda “não é possível estimar em quanto tempo será finalizado o processo de captura, de cirurgia, de recuperação e de soltura de cada grupo (e de todos os indivíduos)”.
Capivaras habitam Parque das Águas, em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
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