Netanyahu elogia plano de Trump para expulsar palestinos de Gaza

ROMA, 6 FEV (ANSA) – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou nesta quinta-feira (6) o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza, que prevê a expulsão da população local para transformar o enclave na “Riviera do Oriente Médio” e deixá-lo sob controle americano.   

“É uma ideia extraordinária e acho que ela realmente deveria ser perseguida, examinada e implementada, porque acho que criará um futuro diferente para todos”, declarou ele em uma entrevista à Fox News.   

O premiê israelense destacou que não há nada de errado na ideia de Trump de realocar a população do enclave palestino para outros países e apoiou a iniciativa de “permitir que os habitantes de Gaza que queiram sair, saiam”.   

“Quero dizer, o que há de errado com isso? Eles podem sair, podem depois voltar, podem se realocar e voltar. Mas é preciso reconstruir Gaza”, acrescentou Netanyahu.   

Durante a entrevista, o líder de Israel reforçou ainda que não acreditava que o republicano sugerisse enviar soldados dos EUA para combater o Hamas em Gaza ou que Washington financiaria a reconstrução do enclave palestino.   

“Esta é a primeira boa ideia que ouvi”, ressaltou.   

Na última terça-feira (4), o presidente dos EUA recebeu Netanyahu na Casa Branca e afirmou que os palestinos devem “deixar Gaza para sempre e viver em paz em outros países”. Além disso, disse que seu país assumirá o controle do enclave e será responsável pela sua “reconstrução” para tornar Gaza uma “Riviera do Oriente Médio”.   

Na ocasião, Netanyahu já havia dito que o plano de Trump “vai mudar a história”. Por outro lado, palestinos e diversos países, incluindo Brasil e Itália, não concordaram com a iniciativa.   

Hoje, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou que os militares de seu Exército preparasse um plano para permitir a “partida voluntária da população de Gaza”.   

“O povo de Gaza deve ter a liberdade de movimento e de imigração”, disse Katz, enfatizando que, enquanto isso, será apresentada uma proposta para a reconstrução de uma “Gaza desmilitarizada” na era pós-Hamas, “um projeto que levará muitos anos para ser concluído”. (ANSA).   

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