Rombo da Previ: veja perguntas da CNN que o fundo de pensão não respondeu

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, deixou de responder uma série de perguntas feitas pela CNN sobre o resultado negativo de R$ 14 bilhões verificado no ano passado.

Por dois dias, a CNN insistiu em um pedido de entrevista com o presidente da Previ, João Luiz Fukunaga, ou com outro porta-voz da entidade.

Diante da recusa, a reportagem encaminhou cinco questões à assessoria do fundo de pensão, que não enviou respostas no prazo solicitado.

Houve cinco questionamentos:

  1. Em entrevista ao “Valor Econômico”, o presidente João Fukunaga atribuiu a abertura de auditoria pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a “um movimento político que busca atacar sua gestão”, segundo o jornal. Por que o presidente fez essa afirmação? Quem está à frente desse movimento político? O ministro Walton Alencar (relator do processo no TCU) faz parte desse movimento? Os ministros do TCU? A unidade técnica do tribunal? O presidente coloca em dúvida o caráter técnico da auditoria?
  2. Por que houve perdas de R$ 14 bilhões em 2024?
  3. Para evitar essas perdas, a Previ não constituiu travas ou mecanismos de proteção para os investimentos de seus beneficiários?
  4. Uma das razões para a perda de R$ 14 bilhões foi a concentração da carteira em ações da Vale. E um dos motivos para a queda das ações da Vale, em 2024, foi a informação de que o governo estaria avaliando a indicação do ex-ministro Guido Mantega para um cargo estratégico na mineradora. Por que a Previ (que é acionista da Vale) nunca se posicionou a respeito?
  5. Apesar da queda na Selic, ao longo de boa parte de 2024, as taxas de juros continuaram acima de 5-6% em termos reais. Por que a Previ concentrou seu portfólio tão fortemente em renda variável quando a renda fixa teria garantido um retorno tão alto?

Este conteúdo foi originalmente publicado em Rombo da Previ: veja perguntas da CNN que o fundo de pensão não respondeu no site CNN Brasil.

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