Favorito à presidência do COI analisa eleições: “Fácil se confundir”

Juan Antonio Samaranch Jr. é um dos favoritos para se tornar o próximo presidente do Comitê Olímpico Internacional, mas o espanhol sabe da imprevisibilidade da eleição que ocorrerá na quinta-feira.

Vice-presidente do COI, Samaranch é, com a ministra do Esporte do Zimbábue e membro do conselho executivo do COI, Kirsty Coventry, e o presidente da World Athletics, Sebastian Coe, da Grã-Bretanha, um dos três principais favoritos entre os sete candidatos que concorrem ao cargo mais poderoso do esporte mundial.

O chefe internacional do ciclismo, David Lappartient, da França, é visto como um azarão à frente do chefe da Federação Internacional de Ginástica, Morinari Watanabe, e do novato olímpico e multimilionário Johan Eliasch, que lidera a Federação Internacional de Esqui e Snowboard. 

O presidente Thomas Bach está deixando o cargo após 12 anos no comando, e seu possível sucessor precisará da maioria dos cerca de 100 votos do COI para reivindicar a vitória. 

“Estou confiante porque estou muito orgulhoso do trabalho feito e de como conseguimos nos comunicar. Mas é muito difícil estar confiante no resultado”, disse Samaranch aos repórteres na quarta-feira (19). 

“É um sistema realmente complicado, mais do que complicado. É um sistema muito bom. Todos os membros do COI têm uma coisa que é extraordinariamente preciosa, que é o voto e sua confidencialidade. Isso dá a cada um de nós a independência total para decidir o que achamos melhor”, completou. 

Um candidato é eliminado após cada rodada até que um deles obtenha a maioria absoluta, e Lappartient previu que haveria “várias rodadas”.

“Só é possível saber quando os votos reais forem lançados. Então veremos”, acrescentou Samaranch.

Com acordos a portas fechadas até o último momento, Samaranch disse que vai estar “trabalhando até o último segundo, até às 3:59:59 da tarde de amanhã”.

Samaranch, cujo pai foi presidente do COI de 1980 a 2001, estava focado na tarefa em questão em vez de tentar decifrar sinais confusos.

“Em uma votação secreta é tão fácil se confundir e é tão fácil interpretar mal os sinais. Então eu não sei. Eu realmente não sei”, ele disse.

“Entre os membros do COI, todos têm o direito de manter seu voto confidencial. E é muito fácil neste mundo, tão próximo, confundir um sorriso com um voto, uma amizade com um voto, uma palavra bonita com um voto. Então, todos nós temos que ter muito cuidado ao fazer essa tradução.”

O novo presidente é eleito para um mandato de oito anos, com possibilidade de reeleição para um segundo mandato de quatro anos, totalizando um máximo de 12 anos.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Favorito à presidência do COI analisa eleições: “Fácil se confundir” no site CNN Brasil.

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