O Chile apresentou, nesta segunda-feira (14), o plano de obras do chamado Corredor Bioceânico, uma estrada que busca unir o norte do país com o Brasil, a Argentina e o Paraguai, para configurar uma nova rota comercial entre o Atlântico e a região Ásia-Pacífico.
O projeto está em pauta há uma década e é considerado uma das obras de infraestrutura mais importantes da América Latina, com uma extensão de 2.400 km.
A via conectará os portos do sul do Brasil com os do norte do Chile, atravessando o Mato Grosso do Sul, a região do Chaco paraguaio e as províncias argentinas de Salta e Jujuy, segundo a descrição do projeto.
“É uma boa notícia, porque se trata de uma integração real e concreta”, disse o presidente chileno Gabriel Boric, ao apresentar o “Plano de ação do corredor bioceânico” nesta segunda no palácio presidencial de La Moneda.
O plano considera o desenvolvimento de 22 projetos de infraestrutura no Chile para melhorar estradas, estabelecer novos pontos de controle da alfândega e da polícia, além da atualização dos portos de Iquique, Mejillones e Antofagasta.
O valor do investimento nas obras comprometidas não foi detalhado.
De acordo com o governo chileno, este corredor representa uma melhoria significativa em relação a outras rotas.
Espera-se que possa reduzir em até 10 dias o transporte entre regiões do interior do Brasil e Paraguai e países da Ásia-Pacífico como China, Coreia do Sul e Japão.
O programa será um dos principais pontos de discussão da visita oficial ao Brasil que Boric realizará na próxima semana.
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